Aumento de 50% nas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pode causar a perda de 146 mil empregos formais e informais no Brasil em até dois anos, de acordo com estudo da Fiemg.
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A tarifa sobre produtos americanos entrou em vigor na madrugada desta quarta-feira (6), impactando cerca de 52% dos produtos domésticos que acessam o mercado norte-americano.
A simulação da Fiemg aponta que as tarifas podem diminuir o Produto Interno Bruto brasileiro em R$ 25,8 bilhões no curto prazo e até R$ 110 bilhões no longo prazo.
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A perda de renda das famílias poderia atingir 2,74 bilhões de reais em até dois anos, além da redução de 146 mil empregos.
De acordo com o estudo, os setores industriais mais afetados serão a siderurgia, a fabricação de produtos de madeira, de calçados e de máquinas e equipamentos mecânicos.
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No setor agropecuário, observa-se o impacto notável sobre a pecuária, notadamente na cadeia da carne bovina, que permanece fora da lista de isenções tarifárias e constitui uma parcela expressiva da pauta exportadora do país.
De acordo com o estudo, o Brasil exportou cerca de 40,4 bilhões de dólares para os Estados Unidos em 2024, o que representa 1,8% do Produto Interno Bruto nacional. A metade desse valor está concentrada em combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos, setores impactados pelas novas tarifas.
Nova taxa entra em funcionamento.
A partir desta quarta-feira, entrou em vigor a tarifa de importação de 50% sobre produtos brasileiros, com uma sobretaxa de 40 pontos percentuais adicionada a uma alíquota de 10% já aplicada às importações do Brasil.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, procurou justificar sua ordem executiva com base em uma âemergência nacionalâ devido às políticas e ações âincomunsâ e âextraordináriasâ do governo brasileiro que, segundo o republicano, afetam empresas americanas, os direitos à liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de forma geral.
Trump também cita como justificativa para a medida o que considera como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Uma das preocupações dos exportadores era em relação à incidência da alíquota sobre cargas que já estivesse a caminho dos EUA, mas chegasse após a data que a tarifa entrasse em vigor. Contudo, no decreto, Trump indicou que produtos que já estivessem embarcados e “em fase final” de traslado não seriam sobretaxados.
Adicionalmente, foram salvaguardados 44,6% do volume da exportação brasileira para os Estados Unidos, conforme apuração do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A alíquota de 10% será válida para produtos como petróleo, suco de laranja, aviões e suas partes, além de celulose.
Publicado por Danilo Moliterno, da CNN
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Fonte por: CNN Brasil