FGV aponta falhas na Justiça em eventos climáticos extremos, após caso de SP
Estudo aponta causas da tragédia em São Sebastião (SP) após a ocorrência de 2023.
Um estudo recente da FGV revela que o sistema de Justiça brasileiro enfrenta desafios significativos ao lidar com eventos climáticos extremos. A pesquisa, baseada na tragédia de São Sebastião em 2023, causada por fortes chuvas que deixaram 5 mil desabrigados e 65 mortos, aponta para a necessidade urgente de formação de operadores de justiça especializados em casos relacionados a desastres e justiça climática.
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Desafios e a Importância da Cooperação Institucional
O estudo destaca a importância da articulação entre o Ministério Público de São Paulo, a Defensoria Pública e o Judiciário para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. A cooperação é essencial para atender às demandas geradas pelos desastres e garantir a participação efetiva das comunidades atingidas. A judicialização pode estimular a mobilização social, levando a população a exigir formas de participação que vão além dos canais tradicionais do processo judicial.
Perspectivas de Especialistas e a Cultura da Impunidade
Especialistas como Rafael Guimarães, da PUC-SP, ressaltam que a falta de atuação do Poder Público é uma causa principal dos eventos climáticos extremos. A dificuldade de fiscalização em um país de grande extensão, aliada à cultura da impunidade, como se observa nos casos de Mariana e do Rio Grande do Sul, são fatores que contribuem para a inoperância do sistema de Justiça.
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O Papel do Judiciário como Guardião de Direitos
Advogada Ana Chagas, especialista em Ambiental, Mudanças Climáticas e ESG, defende que o Judiciário deve atuar como guardião, garantindo que a omissão estatal não se traduza em violação de direitos. A judicialização pode estimular a mobilização social, levando a população a exigir formas de participação que vão além dos canais tradicionais do processo judicial.
Considerações Finais sobre a Justiça Climática
Os pesquisadores da FGV enfatizam que o sistema de Justiça desempenha um papel essencial na promoção de mudanças diante dos eventos climáticos extremos. A judicialização pode estimular a mobilização social, levando a população a exigir formas de participação que vão além dos canais tradicionais do processo judicial.
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Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












