Ferraris e a Nova Tecnologia de Segurança
As Ferraris são projetadas para pistas, apresentando para-choques muito baixos e uma aerodinâmica otimizada para desempenho. No entanto, essa característica gera um desafio comum para os proprietários de superesportivos: o receio de danificar a parte dianteira ao entrar em garagens ou ao passar por lombadas nas cidades.
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Até o momento, a principal solução oferecida pela fabricante era o sistema de front lift, que eleva a frente do carro em alguns centímetros. Contudo, em 2025, surgiu uma proposta inovadora: em vez de levantar o veículo, a ideia é que ele freie automaticamente para evitar colisões.
Inovação na Detecção de Obstáculos
Documentos divulgados em agosto de 2025 revelam que a Ferrari registrou uma tecnologia que utiliza sensores frontais para identificar obstáculos baixos, como muretas e guias de calçada. Essa inovação não apenas analisa a distância horizontal, mas também avalia a real possibilidade de colisão com a parte inferior do carro, especialmente o splitter.
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Quando um risco é detectado, o veículo emite um aviso visual ou sonoro ao motorista. Se não houver reação, o sistema ativa automaticamente os freios, semelhante à frenagem autônoma utilizada para evitar atropelamentos, mas focada na proteção do carro.
Objetivo da Nova Tecnologia
O objetivo é claro: evitar o contato físico entre a dianteira do carro e obstáculos urbanos, sem alterar a geometria do veículo ou depender da ação do motorista. Uma questão que surge é por que não elevar a frente, como outras marcas já fazem.
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Uma possibilidade é que a Ferrari não pretende substituir o sistema de lift frontal, mas sim complementá-lo. Atualmente, o levantamento da dianteira é um recurso opcional e depende da ativação manual pelo motorista. A nova patente oferece uma camada adicional de proteção, atuando mesmo quando o condutor não percebe o risco.
Comparação com Outras Marcas
Outras montadoras, como a Porsche, já utilizam lifts automáticos com GPS, que memorizam trechos críticos e acionam o sistema de forma autônoma. A Ferrari, ao optar pela frenagem autônoma, segue um caminho diferente: menos dependência de memória geográfica e uma resposta mais imediata a qualquer obstáculo.
Vale ressaltar que o registro de patentes não garante que a tecnologia será aplicada comercialmente. As montadoras frequentemente protegem ideias que podem nunca ser implementadas, seja por questões de custo ou pelo comportamento do consumidor.
Apesar disso, a existência desse documento indica que a Ferrari está atenta a um aspecto sensível do uso cotidiano de seus veículos: a interação com calçadas, além das curvas em alta velocidade.
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