Ministro da Fazenda Fala Sobre Aporte aos Correios
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo só realizará um aporte, empréstimo ou aval aos Correios após a apresentação de um plano de recuperação da estatal. Ele enfatizou que não haverá liberação de recursos sem contrapartidas claras e em conformidade com as normas fiscais atuais.
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“Precisamos aprovar o plano de recuperação primeiro. Não faremos um aporte sem que o plano esteja aprovado. Isso se aplica a empréstimos, apoios ou avals. Tudo depende da reestruturação da companhia”, afirmou Haddad a jornalistas na tarde desta quinta-feira (4).
Negativa do Tesouro Nacional
Nesta semana, o Tesouro Nacional rejeitou o pedido de empréstimo bilionário feito pelos Correios, que buscavam cerca de R$ 20 bilhões para fortalecer o caixa. A operação previa juros de 136% do CDI, um valor acima do que o governo está disposto a aceitar.
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O Tesouro indicou que poderia oferecer aval apenas com uma taxa inferior, em torno de 120% do CDI, o que levou a estatal a renegociar a proposta com um consórcio de bancos. O crédito é considerado internamente como uma “tábua de salvação” para a empresa, que acumula R$ 6 bilhões em prejuízo até setembro.
Necessidade de Recursos e Ajustes Fiscais
A estatal precisa de pelo menos R$ 10 bilhões ainda em dezembro para equilibrar as contas de 2025, com outros R$ 10 bilhões previstos para 2026, possivelmente em duas parcelas de R$ 5 bilhões. O Ministério Público junto ao TCU já havia alertado sobre o risco de juros excessivos nessa operação.
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Para evitar que a situação pressione o orçamento do próximo ano, a equipe econômica solicitou um ajuste na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026. O relator Gervásio Maia (PSB-PB) abriu espaço legal para que o governo possa intervir, caso necessário.
Haddad ressaltou que a reserva é uma proteção e não uma autorização automática de gastos.
