Feliciano afirma que não se deve acreditar em declarações de Nikolas
Deputado afirma que colega teve seu pedido de interrupção interrompido; argumenta que ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se ausentou da sessão.

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (11.jun.2025) que deputado Rogério Correia (PT-MG) se “apequena” ao encerrar a sessão na Câmara que teve troca de farpas envolvendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele declarou que não se confia na palavra do deputado.
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Não acredite no que dizem parlamentares nesta situação, sobretudo devido a uma questão de ordem. Repito. O presidente da sessão se curvou, agiu com covardia, e protegeu o ministro da Fazenda, declarou.
A reunião encerrou-se após Haddad criticar os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) por terem questionado e se ausentado da comissão de audiência pública. O ministro afirmou que os congressistas praticam “micagem” para criar vídeos para redes sociais, mas não comparecem para ouvir as respostas.
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Os parlamentares retornaram e instauraram divergências. Segundo Feliciano, o deputado Nikolas propôs uma observação de ordem que deveria ser analisada primeiramente, antes de ser aprovada ou rejeitada pelo presidente da sessão. “O Rogério não permitiu que o Nikolas respondesse justamente porque são do mesmo Estado [Minas Gerais]. Ele fez isso para proteger o ministro Haddad, que se eximiu da sessão”, declarou.
Haddad partiu da comissão em meio a gritos de “fujam”, proferidos pelos deputados da oposição. Feliciano afirmou que faria questão sobre o imposto das bets, as casas de apostas. Declarou que desejava saber a destinação da tributação.
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Feliciano declarou: “Jogaram uma casca de banana e a casca de banana fez todo mundo escorregar e o ministro fugiu da sessão”.
Nikolas afirmou ao Poder360 que foi impedido de responder às declarações do ministro. “Eles têm medo”, declarou. Haddad foi chamado de “fugão” por congressistas.
Assista (1min45):
Após deixar a comissão, o ministro Fernando Haddad comparou o bate-boca com o episódio no Senado envolvendo a colega Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. “Com a Marina, na semana retrasada, aconteceu isso. Agora comigo. Daqui a pouco, qual o ministro que vai se sentir à vontade para prestar esclarecimentos à Câmara?” declarou Haddad a jornalistas após a confusão.
Após a confusão, Haddad voltou a questionar a saída de Nikolas e Jordy da audiência. Jordy retornou pouco depois e afirmou que sua ausência se devia à participação dele e de Nikolas em outras comissões.
Se as pessoas apenas expressam seus pensamentos e saem, não consideram o que nós temos a responder. Por que perguntou, então? Se não é para ouvir a resposta, para que perguntou? Qual o objetivo desse debate? Se é que é um debate.
Assista (2min14):
Fenda bucal.
O deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou ter recebido o ex-ministro da Economia Paulo Guedes com respeito. Não é fato. Guedes foi chamado de “tchutchuca” por Zeca Dirceu (PT-PR). Leia aqui o histórico de ministros que já foram ofendidos.
Haddad afirmou que os parlamentares necessitam adquirir conhecimento sobre as finanças públicas do Brasil. Em 2022, o governo federal registrou superávit primário, porém o ministro atribui esse resultado a “descontos”.
O Bolsonaro realizou um desvio de recursos para os governadores, absorvendo o ICMS sobre combustíveis com a promessa de pagamento. O governo Lula repagou a quantia de R$ 30 bilhões em março de 2023.
Considerou-a uma medida questionável, pois reduziu artificialmente os preços dos combustíveis em 2022.
“Onde estavam os senhores Nikolas e Jordy naquele dia? Não estavam aqui votando? Onde estavam?”, perguntou. O deputado de Minas Gerais foi eleito em 2022 e não exercia o cargo naquele ano. Haddad afirmou que também ocorreu um rombo de R$ 92 bilhões em precatórios, que foi quitado pelo governo Lula.
O ministro afirmou que o superávit se tornou possível com a venda da Eletrobras, descrevendo-a como uma das empresas mais relevantes do país. Acrescentou que a distribuição de dividendos superou R$ 200 bilhões em um único ano, impactando a Petrobras, e que a situação se deu através de “calote”, venda de patrimônio público e desvio de recursos de governadores.
Acompanhe a íntegra da entrevista com Haddad e Jordy (7min04).
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.