Secretário-geral da CUT declara que é preciso “negociar sem parar” com os EUA para evitar prejuízos no emprego.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, declarou nesta quarta-feira (16.jul.2025) que a estratégia deve ser “negociar exaustivamente” com os Estados Unidos para evitar que tarifas contra os produtos brasileiros sejam implementadas. Eles solicitaram “bom senso” do governo do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), em relação à preservação dos empregos brasileiros e do país.
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O autor afirmou que, caso a taxa de 50% contra produtos nacionais seja implementada, o governo precisará negociar com o setor empresarial do Brasil para adotar medidas que assegurem os postos de trabalho das empresas afetadas.
Atualmente, a principal preocupação é com o emprego. Trata-se de empresas que também têm grande parte da sua produção voltada para os Estados Unidos, portanto, espera-se que esse impasse tenha uma solução rápida.
O representante afirmou que a solução ideal é por meio da diplomacia e da negociação. Disse que, caso a taxa de 50% seja implementada, haverá um efeito prejudicial na economia brasileira. Ele não especificou qual seria a projeção de impacto sobre o emprego.
As entidades sindicais propõem a formação de um comitê de trabalho com representantes do governo, do setor empresarial e das centrais sindicais, visando a definição de ações que combatam o aumento do desemprego no país.
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Acreditamos na existência de bom senso, pois o efeito não é negativo apenas para a economia brasileira, para os empregos no Brasil, mas também para as empresas dos Estados Unidos e para os empregos lá.
Segundo Sergio Luiz Leite, vice-presidente da Força Sindical, a proposta consiste na criação de um grupo permanente, uma espécie de “comitê de crise”. Não há outras reuniões agendadas com as centrais sindicais.
Os representantes das centrais sindicais reuniram-se com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). O encontro também contou com a presença de empresários, discutindo a questão da tarifação de 50% com os Estados Unidos e centrais sindicais. Consulte a lista completa dos presentes (PDF – 87 kB).
Alckmin coordena reuniões com o setor produtivo para obter sugestões sobre as medidas que o governo Luiz Inácio Lula da Silva pode adotar para reverter e mitigar os efeitos da supertaxação imposta pelos Estados Unidos.
Consulte a lista de convidados do setor produtivo e dos sindicatos.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta ao governo dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), na terça-feira (15.jul.2025), solicitando a revogação das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. Segue a íntegra (PDF – 192 kB).
O governo brasileiro expressa sua indignação em relação à taxa adicional anunciada por Trump, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto.
O governo brasileiro afirmou manter diálogo de “boa-fé” com as autoridades norte-americanas, visando aprimorar o comércio bilateral. Indicou que encaminhou, em 16 de maio, uma carta confidencial de proposta com áreas de negociação, que não recebeu resposta dos Estados Unidos.
A aplicação das tarifas terá um impacto muito negativo nos setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países, afirmou a carta.
O documento também afirma que o Brasil reforça seu interesse em obter uma resposta dos Estados Unidos. “O Brasil continua disponível para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, visando preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e reduzir os efeitos adversos do aumento de tarifas em nosso comércio bilateral”, declarou.
O texto é assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Os destinatários são:
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.