Febre em crianças: como agir e quando procurar atendimento médico de urgência

A intensidade da febre não determina, isoladamente, a gravidade da enfermidade. Compreenda a determinação das ações em relação à febre e o que observar …

05/08/2025 17:21

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Febre em crianças: como agir e quando procurar atendimento médico de urgência
(Imagem de reprodução da internet).

A febre é um sintoma frequente em crianças, representando entre 20% e 30% das consultas em pediatria, conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Apesar de não ser uma doença, indica que há alguma alteração no organismo. Quando os pais devem se preocupar e buscar avaliação médica?

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O elevação da temperatura é uma resposta natural do corpo para enfrentar invasores, como vírus ou bactérias. A febre frequentemente ocorre acompanhada de outros sinais, como membros frios, sensação de frio e taquicardia ou respiração rápida. E causa apreensão aos pais e responsáveis, devido ao receio de enfermidades sérias ou crises.

É importante saber que há uma variação natural da temperatura corporal ao longo do dia em função do ritmo circadiano, atingindo valores mais elevados no final da tarde. Em adultos, essa variação pode chegar a 0,5 °C e, nos lactentes, até 1 °C.

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No Brasil, a SBP entendia anteriormente que febre era quando o termômetro ultrapassava 37,8°C. Entretanto, no documento Abordagem da Febre Aguda em Pediatria e Reflexões sobre a febre nas arboviroses, publicado em maio, a entidade passou a reconhecer essa marca como 37,5°C quando medida pela axila. “É uma referência para definir febre em estudos clínicos, não para prescrever medicamentos”, afirma o pediatra Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP e um dos autores do documento.

A medida acompanha a prática internacional, uma vez que organizações como a Academia Americana de Pediatria também utilizam 37,5°C como referência. “Esse valor evita uma falsa sensação de segurança e está alinhado com os parâmetros de outros países”, avalia o pediatra Claudio Schvartsman, do Einstein Hospital Israelita.

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Febre: e agora?

Com o aumento da temperatura, é fundamental manter a hidratação adequada e observar atentamente a evolução da criança e outros sintomas associados. A febre deve ser avaliada no contexto do quadro clínico, pois indica a gravidade ou não da doença, e não a temperatura em si. Não há um “número mágico” a partir do qual se deve medicar. O que importa é o estado geral da criança, enfatiza Fernandes.

Ao registrar 37,5 °C, observe se o bebê está: se estiver animado, brincando e comendo, a medicação pode não ser necessária; mas se houver choro, irritabilidade, diminuição do apetite ou se não urinar, é sinal de alerta e demanda avaliação médica.

Também se relaciona o valor do termômetro com o risco de convulsões. Contudo, elas costumam ocorrer em crianças com predisposição a esses episódios, inclusive com febre baixa.

No Brasil, os medicamentos mais utilizados como antitérmicos são o paracetamol, a dipirona e o ibuprofeno. Contudo, devem ser aplicados sempre respeitando as dosagens e intervalos recomendados pelo médico, em função do peso e da idade. Além disso, não se aconselha alternar ou combinar distintos tipos de medicamentos, por conta do risco de superdosagem e do uso inadequado.

A busca pelo pronto-socorro depende de outros fatores. “Uma febre baixa por si só não é justificativa para ir ao hospital”, afirma Schvartsman. Segundo o pediatra do Einstein, é preciso avaliar o desconforto da criança – febre muito alta, sintomas como falta de ar ou apatia, não responder aos medicamentos e não conseguir comer ou ingerir líquidos são sinais de que pode ser necessário um atendimento mais ágil.

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Fonte por: CNN Brasil

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