Febraban Rebate Declarações de David Vélez, CEO do Nubank, Sobre Taxas e Impostos
A Febraban rebate declarações de David Vélez, do Nubank, sobre taxas e inclusão financeira, destacando altos juros e inadimplência da fintech.
Febraban Responde a Declarações de David Vélez, do Nubank
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) contestou, na quinta-feira (4), as declarações de David Vélez, cofundador e CEO do Nubank. A federação destacou que a fintech aplica taxas elevadas, apresenta um alto índice de inadimplência e gera impacto significativo no endividamento de seus clientes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Vélez havia afirmado, em uma postagem nas redes sociais na semana anterior, que o Nubank contribui mais fiscalmente do que “qualquer grande banco”, mencionando dados sobre a “redução da concentração bancária” e “economia de tarifas”.
Em resposta, a Febraban levantou questionamentos e pediu esclarecimentos ao executivo, alegando que o Nubank “evita debates abertos”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Posicionamento do Nubank
Em resposta ao pedido de posicionamento da Febraban, o Nubank declarou que não irá se manifestar e que já apresentou sua posição e dados. A federação também refutou a afirmação de Vélez sobre inclusão financeira e contestou a saúde financeira mencionada pelo CEO.
Segundo a Febraban, os dados do Nubank revelam “altas taxas de juros, elevado índice de inadimplência e um forte impacto no endividamento de seus clientes”. A federação destacou que 97,7% da carteira de Pessoa Física do Nubank é composta por linhas de crédito mais caras, como cartão de crédito (64,8%) e empréstimos pessoais não consignados (32,8%), sem qualquer financiamento imobiliário, de veículos ou para o agronegócio.
Leia também:
Bradesco anuncia retorno de 900 funcionários ao trabalho presencial em janeiro de 2026
Meta pode estar abandonando o metaverso; ações sobem após rumores sobre Zuckerberg
Investidores Correm para Ações da Moore Threads na Estreia da Bolsa de Xangai e Triplicam Valor
Taxas de Juros e Impostos
Em relação às taxas de juros, a federação afirmou que o Nubank pratica taxas que são o dobro das cobradas pelos grandes bancos, além de ter uma inadimplência de 3 a 7 vezes maior e níveis de lucratividade bem superiores, sem investimento em atendimento presencial ou programas sociais.
Vélez também mencionou que a fintech é a “campeã em pagamento de impostos”, o que foi negado pela Febraban. A entidade afirmou que o Nubank gera menos impostos do que os grandes bancos, apesar de ter um maior ROE, a proporção entre impostos devidos e lucro é a menor em comparação com quatro bancos de varejo, o que gera uma grande vantagem competitiva.
Por fim, a Febraban questionou: “Seria uma empresa estrangeira, com sede fiscal nas Ilhas Cayman, focada em extrair lucro no Brasil para investir no exterior, cobrando juros altos, tolerando elevada inadimplência e pagando poucos impostos?”
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












