Fazenda projeta redução de metade do impacto das tarifas em ações de apoio

O Produto Interno Bruto deverá registrar queda de 0,1 percento.

11/09/2025 22:29

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Fazenda projeta redução de metade do impacto das tarifas em ações de apoio
(Imagem de reprodução da internet).

As medidas do governo brasileiro devem diminuir em metade os efeitos do aumento tarifário promovido pelos Estados Unidos sobre a economia brasileira, conforme aponta o boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira, 11, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

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Os preços dos produtos brasileiros devem resultar em uma redução de 0,2 ponto percentual (p.p.) do Produto Interno Bruto. Com a intervenção do governo, o impacto diminui para 0,1 p.p.

Sem as ações do governo federal, a redução no emprego seria de cerca de 138 mil posições, distribuída entre indústria (71,5 mil), serviços (51,8 mil) e, em menor proporção, agropecuária (14,7 mil).

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Com a implementação das medidas, a perda de empregos diminuiria para 65 mil.

A projeção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indica uma redução de 0,1 ponto percentual, passando de 4,9% para 4,8% em 2025.

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Assim, os impactos resultantes do déficit na balança comercial são, em parte, amenizados pela maior oferta de produtos no mercado interno.

As projeções não consideram surtos de incerteza, elevação da volatilidade do mercado financeiro ou agravamento das condições de crédito. São calculadas com base na taxa de 50% sobre as exportações, em contraposição ao cenário de referência, que possui uma taxa de 10%.

O Plano Brasil Soberano visa fortalecer a economia nacional, reduzir a dependência externa e promover o desenvolvimento sustentável do país.

A secretaria defende que o Plano Brasil Soberano, somado à suspensão de impostos para empresas e à continuidade de gastos públicos, poderá mitigar os impactos do aumento de preços.

O programa disponibiliza linhas de crédito do Fundo Garantidor de Exportação com condições mais vantajosas para exportadores e micro, pequenas e médias empresas. As linhas oferecem capital de giro para mitigar a redução das exportações para os Estados Unidos e incentivar a busca por novos mercados, além de capital para aquisição de bens de capital e investimento, sob a condição de preservar os postos de trabalho.

As tarifas têm impacto setorial significativo, mas pouca influência na economia como um todo, especialmente considerando as compensações com o Plano Brasil Soberano. Crédito, garantias e adiamentos de tributos, juntamente com as compras governamentais, apoiarão o investimento em capital e inovação produtiva por parte de produtores e empresas, promovendo a diversificação dos destinos das exportações.

Preço abusivo.

Em julho de 2025, os Estados Unidos implementaram uma taxa de importação de 40% para determinados produtos brasileiros, somada à tarifa de 10% previamente divulgada em abril. A ação impactou principalmente minerais não metálicos, metais, máquinas e equipamentos, eletrônicos, móveis e produtos agropecuários.

Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA totalizaram US$ 40,3 bilhões, representando 12% do volume exportado. Aproximadamente US$ 16,4 bilhões desse total estavam sujeitos a tarifas de 50%, conforme projeções do governo. Diversos produtos taxados são comercializados quase que exclusivamente no mercado americano, indicando impactos setoriais significativos.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.