IBGE aponta para 870 mil brasileiros sem endereço fixo, em áreas com fragilidade de endereço e sem numeração.
O governo federal anunciou nesta quarta-feira (8) a conclusão da primeira etapa do programa CEP para Todos. Essa iniciativa garante um código postal geral para cada comunidade urbana identificada pelo IBGE (2022).
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Ao todo, 12.348 favelas em 656 cidades receberam um CEP. Essas áreas abrigam 16,39 milhões de pessoas, representando 8,1% da população do país. Deste grupo, 72,9% são pessoas negras (pretas e pardas).
A meta original, prevista para dezembro de 2026, foi alcançada com mais de um ano de antecedência. O programa continua com duas etapas adicionais até 2026. A segunda etapa está em andamento, criando CEPs por logradouro em 59 territórios do Periferia Viva, abrangendo mais de 300 comunidades.
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Até o momento, 765 CEPs foram gerados, incluindo 279 na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, que beneficiam aproximadamente 19 mil pessoas. A terceira etapa do programa prevê a instalação de postos e agências dos Correios em 100 favelas em todo o país.
Antes da implementação do programa, o IBGE estimava que cerca de 870 mil pessoas viviam em áreas com “fragilidade de endereço”, sem nome de rua, numeração ou ambo, o que dificultava o acesso a direitos básicos.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.