Fávaro defende a adoção de taxa de juros dolarizada como alternativa à Selic em patamares elevados

Fávaro se reunirá com o presidente do BC para estabelecer linha de custeio em dólar e atualizar o seguro rural.

11/06/2025 14:17

2 min de leitura

Fávaro defende a adoção de taxa de juros dolarizada como alternativa à Selic em patamares elevados
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que se reunirá com o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, para discutir a implementação de uma linha de custeio dolarizada em colaboração com a autoridade monetária. Segundo o ministro, será imprescindível em um cenário com Taxa Selic “estratosférica”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É necessário, com o auxílio do Banco Central, estabelecer uma linha de custos dolarizados para os produtores. É preciso discutir as possibilidades diante da taxa Selic tão elevada, em 14,75% ao ano. Isso impede investimentos, mas não podemos apenas lamentar, devemos buscar outras soluções.

As linhas de crédito dolarizadas para o agronegócio atuam como uma opção de financiamento em dólar. São frequentemente empregadas em setores relacionados à exportação, como o agronegócio. As taxas de juros dessas linhas variam em torno de 4% a 8% ao ano.

Leia também:

Para o ministro, as linhas representam uma oportunidade de obter recursos financeiros externos para financiar o setor agrícola com taxas de juros mais baixas.

Há dois anos, considerava-se inviável lançar linhas de crédito e investimentos dolarizadas, que atualmente oferecem recursos na ordem de 8,5% ao ano, com uma Selic de 15%… É quase a metade da taxa de juros e ele não corre o risco de avaliação cambial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na pauta da reunião, segundo Favaro, também estarão:

O ministro apontou o endividamento dos produtores rurais, resultante de perdas de safra decorrentes de problemas climáticos – secas e alagamentos – como evidência da falha no seguro rural do Brasil. Ele reiterou que a política “não é eficiente e necessita de modernização”.

O principal fator que afeta o Rio Grande do Sul é o clima, seja por meio de secas ou enchentes. Se o seguro rural fosse eficaz, não haveria endividamento. Há endividamento porque o seguro não está cobrindo adequadamente. Eu aceito o desafio de modernizar o seguro.

O seguro vigente gera alto custo e baixo retorno para o país, por isso Fávaro defende o seguro rural paramétrico. A modalidade possibilita que o produtor rural selecione o período do ano em que o seguro entrará em vigor sobre a lavoura. Caso o produtor opte por contratar para a estação chuvosa ou de seca, a decisão seria dele no momento da contratação.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.