Fávaro afirma que o Brasil irá realocar suas exportações do setor agropecuário

Fávaro afirma que a ação se apresenta como resposta à taxação de 50% aplicada por Trump aos produtos brasileiros.

11/07/2025 13:57

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Fávaro afirma que o Brasil irá realocar suas exportações do setor agropecuário
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), declarou, na quinta-feira (10.jul.2025) que o governo federal ampliará esforços para direcionar as exportações de produtos agropecuários, principalmente suco de laranja, carne bovina e café, para países além dos Estados Unidos como medida para superar a taxa de 50% aplicada por Donald Trump (Partido Republicano) às mercadorias brasileiras.

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Diante da conduta indevida do governo americano que taxou em 50% as exportações brasileiras, estamos […] intensificando a expansão de mercados, diminuindo barreiras comerciais e oferecendo oportunidades de diversificação para o agropecuário brasileiro. Buscaremos mercado no Oriente Médio, no sul asiático e no sul global, que possui grande potencial consumidor e pode ser uma alternativa às exportações brasileiras, declarou Fávaro.

Favierro afirmou que as ações diplomáticas do governo serão baseadas na reciprocidade, não na cautela. “As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas no sentido da reciprocidade. Não de cautela. No Ministério da Agricultura vamos amenizar os impactos e superar este momento.”

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As tarifas impuseram um aumento de 533% em relação ao preço por tonelada já cobrado sobre o produto brasileiro, conforme dados da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos).

A Abiec declara, em comunicado, que a aplicação de tarifas representa uma ameaça à segurança alimentar mundial e causa prejuízos para o Brasil e para os Estados Unidos.

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“Questões geopolíticas não podem se converter em obstáculos ao fornecimento global e à segurança alimentar, sobretudo em um contexto que demanda cooperação e estabilidade entre os países”, afirma Fávaro.

A tarifa pode gerar um aumento de até 400% nos impostos sobre o produto embarcado, conforme o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Isso se deve ao fato de que o Brasil é um dos maiores consumidores de café no mundo, com um consumo médio de 24 milhões de sacas anualmente. A nação fornece 30% desse total, de acordo com a associação.

A FPA declarou que tem preocupação com a taxa, que constitui um “sinal sobre o equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países”.

A nova alíquota acarreta reflexos diretos e impacta o agronegócio nacional, com consequências no câmbio, no aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras. Diante desse cenário, a FPA defende uma resposta firme e estratégica, declarou a FPA em nota.

Fonte por: Poder 360

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.