Família tenta repatriar corpo de brasileiro falecido em acidente na Irlanda
Família busca a Lei Juliana Marins para cobrir despesas com o traslado, porém a legislação ainda não tramita no país.

Os familiares de Rômulo Girassol Cerasuolo, de 34 anos, estão organizando uma arrecadação de fundos para transportar o corpo do brasileiro após sua morte por atropelamento envolvendo um caminhão na última sexta-feira (11.jul.2025) em Dublin, na Irlanda.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O brasileiro trabalhava na área de limpeza do parlamento irlandês. A família, que reside em Itapoli (SP), solicitou auxílio ao Ministério das Relações Exteriores, sendo informada de que a Lei Juliana Marins, que estabelece apoio para a repatriação, ainda não está em vigor.
O acidente ocorreu na Ballyboden Way, área central da capital irlandesa, enquanto Rômulo seguia para o trabalho.
Leia também:

Ator de “Stranger Things” relata ter ficado assustado com Hollywood: “Me arrependi”

Vasco e Alex Teixeira acordaram a rescisão amigável do vínculo contratual

O Catar considera o ataque de Israel como “terrorismo de Estado”
A Garda, polícia nacional irlandesa, não revelou informações sobre a investigação do caso.
A família e os amigos organizaram uma campanha de arrecadação com o objetivo de cobrir parte dos custos do transporte, que totaliza R$ 30 mil. A arrecadação já atingiu aproximadamente R$ 33 mil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Lei Juliana Marins
Na sexta-feira que se seguiu ao acidente, a CRDN (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposição de lei que modifica a Lei de Migração. O texto estabelece as circunstâncias em que o governo federal poderá arcar com os custos do traslado de corpos de brasileiros indigentes falecidos no exterior.
A União poderá custear integralmente ou parcialmente as despesas caso a família não possua condições financeiras, não haja seguro para cobrir os custos, não existam impedimentos sanitários e o falecido seja visitante ou residente temporário no país onde ocorreu o óbito.
A Lei Juliana Marins recebeu esse nome em referência a uma mulher brasileira que faleceu no final de junho após sofrer um acidente em uma encosta do vulcão Rinjani, na Indonésia. A legislação ainda necessita de aprovação no plenário da Câmara e do Senado antes de ser implementada.
Após a aprovação final e sanção presidencial, o Itamaraty ficará responsável por definir os critérios e os procedimentos para a concessão do benefício de translado.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.