Falecimento da ativista Clara Charf aos 100 anos
A ativista brasileira Clara Charf faleceu de causas naturais aos 100 anos, na manhã desta segunda-feira (3), em São Paulo. Ela era viúva de Carlos Marighella, que foi assassinado em 1969 durante a Ditadura Militar.
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Nascida em julho de 1925, Clara se envolveu na militância política aos 20 anos, quando conheceu Marighella após se filiar ao PCB (Partido Comunista Brasileiro). Juntos, lutaram contra o regime militar a partir de 1964. Após a morte de Marighella, Clara adotou outra identidade para evitar ser identificada e trabalhou como tradutora para se sustentar.
Retorno ao Brasil e legado
Com a promulgação da Lei da Anistia em 1979, a ativista retornou ao Brasil e se filiou ao PT (Partido dos Trabalhadores), do qual foi uma das fundadoras. Clara também integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e fundou a organização Mulheres Pela Paz, em 2003.
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Em 2025, Clara completou 100 anos. O PT ressaltou sua trajetória centenária, destacando que seu legado foi marcado pela luta pela liberdade, justiça social, enfrentamento ao fascismo e defesa dos direitos humanos.
O jornalista Mário Magalhães, autor da biografia de Marighella, elogiou a dedicação de Clara em ajudar os necessitados, afirmando que ela não era corajosa apenas ao confrontar os fracos, mas sim os poderosos.
