Em 2026, Fabiana Cozza celebrará 30 anos de carreira e seus 50 anos de idade. Para comemorar a ocasião, ela prepara o lançamento de seu 10º álbum, visando reforçar sua atuação como intérprete, transcendendo o samba.
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A musicalidade desse álbum me impulsiona e me oferece a oportunidade de me apresentar como intérprete não só e necessariamente do samba, mas também da canção, da balada.
O início dessa nova trajetória se manifesta em 2 de dezembro, com a divulgação de uma música inédita de Robson Batuta. “É um sambista espetacular”, afirma.
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A composição apresenta uma instrumentação que combina piano, baixo e bateria com o ritmo do grupo Berço de Samba de São Mateus.
Conforme Cozza, essa combinação será um dos elementos principais do disco: “Existem faixas com piano, baixo e bateria, com ou sem batucada. Ou somente batucada”. A direção artística é do baixista e arranjador Fi Maróstica, parceiro também em Dos Santos (2020).
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O trabalho mais recente da cantora foi Urucungo (2023), dedicado às composições de Nei Lopes.
Homenagens a figuras importantes não são novidade em sua trajetória. Antes de Nei Lopes, Fabiana já havia explorado obras de Clara Nunes, Dona Ivone Lara e do cubano Bola de Nieve. “A cultura é irmã da educação. Gosto de pensar que essas pessoas são lideranças em termos de potência poética e criativa. Esses nomes precisam ficar registrados na história”, afirma.
O contato com a música iniciou-se na Barra Funda, em São Paulo, sob a orientação do pai, vinculado à escola de samba Camisa Verde e Branco. “A primeira bateria que conheci contava com quase 250 ritmistas. Isso influenciou bastante a minha musicalidade, recorda.”
Na década de 2000, seu talento se desenvolveu em outro local: o bar “O Boro” do Borogodó, na Vila Madalena, um refúgio de sambistas e improvisadores. “Foi uma escola. Ali pude experimentar repertórios, influenciada pela diversidade dos músicos que ali circulavam. Uma casa modesta, mas com a mesma potência dos grandes clubes de jazz do mundo”, afirma.
Fabiana lançou seu primeiro disco, Samba É Meu Dom, em 2004, com grande repercussão. A partir daí, consolidou-se como uma das vozes mais importantes do gênero, através de álbuns, apresentações e projetos que a projetaram em todo o país. Atualmente, à véspera de completar meio século de vida, ela se prepara para reafirmar sua identidade artística – com raízes no samba, mas sempre aberta a novos caminhos.
Fonte por: Carta Capital