A exposição “Quando São Paulo era Piratininga” na Casa Museu Ema Klabin, até 29 de março de 2026, revela a fascinante arqueologia paulistana e suas origens
A exposição “Quando São Paulo era Piratininga: arqueologia paulistana” está em cartaz até 29 de março de 2026 na Casa Museu Ema Klabin. A mostra resgata a história de um passado distante da metrópole moderna, refletindo sobre as origens e o cotidiano da capital paulista.
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Com curadoria do arquiteto Paulo de Freitas Costa e da doutora em arqueologia Paula Nishida, a exposição apresenta artefatos que datam de 600 a 4 mil anos, incluindo ferramentas e fragmentos de cerâmica. Esses itens revelam a importância da região para diversas aldeias, marcada por cheias constantes.
Os sítios arqueológicos, localizados nas várzeas dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, mostram que onde hoje existem prédios e avenidas, havia estruturas naturais e materiais utilizados por indígenas, europeus e africanos. Esses povos fabricavam pontas de lanças, flechas e cerâmicas.
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A exposição selecionou materiais e mapas de oito dos cerca de 90 sítios arqueológicos identificados na cidade, representando períodos significativos para a formação do território. “Os sítios Lítico do Morumbi e as urnas funerárias, por exemplo, representam o universo dos povos originários antes da invasão europeia”, destaca Paula Nishida.
As visitas à exposição ocorrem de quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até as 18h. As visitas mediadas por monitores acontecem de quarta a sexta, em horários específicos, e aos finais de semana e feriados. Crianças até 7 anos, professores e estudantes da rede pública têm entrada gratuita.
Para os demais visitantes, os ingressos custam R$ 20,00, com meia-entrada disponível para diversas categorias. A Casa Museu também desenvolve parcerias com escolas, promovendo visitas guiadas e ações educativas que complementam o currículo escolar.
Felipe Azevêdo, educador da Casa, explica que a instituição busca criar um vínculo com as escolas, conhecendo os alunos e adaptando as visitas de acordo com os projetos pedagógicos. Essa abordagem integrada tem ajudado a superar a dificuldade de atrair grupos de visitantes, especialmente em uma região com poucas escolas públicas.
A Casa Museu Ema Klabin, localizada no Jardim Europa, abriga a Coleção Ema Klabin, que inclui obras de artistas renomados como Marc Chagall e Tarsila do Amaral, além de peças arqueológicas e um jardim projetado por Roberto Burle Marx. Essa diversidade cultural é um reflexo da rica história da cidade.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.