Exposição no Museu Câmara Cascudo aborda a trajetória de 35 anos do Grupo Parafolclórico da UFRN
O Grupo Parafolclórico da UFRN comemora 35 anos de existência e compromisso com as manifestações da cultura popular brasileira. Em homenagem à sua trajetória, foi organizada a exposição “Folguedos”, que está disponível ao público a partir desta quinta-feira (12), no Museu Câmara Cascudo. A exposição representa uma imersão colorida na história do grupo.

O Grupo Parafolclórico da UFRN comemora 35 anos de existência e dedicação às manifestações da cultura popular brasileira. Para celebrar sua trajetória, foi criada a exposição “Folguedos”, que está aberta ao público a partir desta quinta-feira (12), no Museu Câmara Cascudo. A mostra é uma colorida imersão na história do grupo, por meio de figurinos, adereços, programas, cartazes, fotografias e diversas lembranças sobre os processos criativos nas danças populares. A exposição ficará aberta até agosto.
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A peça “Folguedos” foi inspirada nas emoções que os espetáculos provocam no público. Apresenta representações de umbigadas, giros, cortejos, saltos, cirandas. Exibe também personagens emblemáticos como orixás, bois, caboclos de lança, a Dama do Paço, pescadores e outros, através de adereços e figurinos marcantes. O Grupo Parafolclórico já encenou todo esse universo em várias cidades do Brasil e importantes festivais de cultura.
A exposição apresenta um trajeto distribuído em quatro salas. Na primeira, são exibidos gestos que homenageiam as memórias do corpo e da cultura popular, como umbigadas, giros e batalhas, além de personagens marcantes, como o caboclo de lança do Maracatu Rural e os caboclos do Boi Bumbá maranhense; destaca-se a representação do ritual dos mortos do xingó e a lembrança dos caboclinhos. Na segunda sala encontra-se o “camarim” do grupo, espaço onde o visitante pode ver e tocar os figurinos, observar-se nos espelhos do grupo e conhecer sua história através das diversas vestimentas que acompanharam as apresentações. Na terceira sala está o “palco”, local sagrado para os artistas, onde dançam araruna, pastoril, maracatu, maculêle, tambor de crioula e sambas. Esse ambiente também apresenta manequins com figurinos selecionados.
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A quarta é a sala da memória e das viagens do grupo parafolclórico. “Esta sala é um relicário onde guardamos parte de nossa memória, viagens, espetáculos, fotografias, imagens que avivam nossa história e também uma abertura para novos horizontes. Um convite para que o visitante possa contar essa história aos outros”, declarou o produtor Daniel Campos, que assina a curadoria da mostra com a professora Petrúncia Nóbrega.
O Grupo Parafolclórico é um projeto de extensão vinculado ao Departamento de Educação Física da UFRN, fundado em 1990 por Rita Luzia de Souza Santos. O projeto manifesta uma cultura comprometida com a historicidade de trajetos definidos por contextos, povos, crenças, religiões, símbolos, músicas e recordações. Essa vivência é revelada em sua trajetória, apresentações e viagens, evidenciando uma sensibilidade que se encontra em suas produções.
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A programação de ensaios do grupo aprimora a formação corporal, investiga e realiza montagens coreográficas. Ao longo de treze e meia anos, apresentaram 13 produções, incluindo “Recordaços”, “Nossa Cor”, “Afro-Brasil”, “Canguru”, “Folguedos” e “Debaixo do barro do chão”, entre outros.
Exposição “Folguedos”, do Grupo Parafolclórico da UFRN, no Museu Câmara Cascudo. Abertura até agosto.
Fonte por: Tribuna do Norte
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.