Pesquisa da Abimo aponta redução nas exportações para os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que aumentam as vendas para outros destinos.
A recente alta nas tarifas dos Estados Unidos impactou significativamente as exportações de dispositivos médicos para o país, registrando uma queda de 30,04% nas vendas mensais em agosto. O valor de US$ 21,2 milhões representa o menor volume exportado para os EUA ao longo do ano.
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A Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo) demonstra que o setor apresenta resiliência, com um crescimento expressivo nas vendas para a Europa. Países como Espanha (+632,59%), França (+238,77%) e Suíça (+130,72%) apresentaram um aumento notável nas compras.
Além da Europa, a América Latina também se tornou um mercado relevante, com destaque para Bolívia (+56,18%) e México (+28,34%). A Abimo ressalta a importância de garantir condições de competitividade para sustentar o redirecionamento de mercados.
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Em resposta à crise, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) liderou uma comitiva ao México, buscando o país como alternativa para a exportação de dispositivos médicos. A ApexBrasil identificou equipamentos médico-odontológicos como mercados alternativos relevantes.
As exportações brasileiras de dispositivos médicos, no acumulado do ano até agosto, somaram US$ 761,7 milhões, com alta de 6,83% em relação ao mesmo período de 2024. Segmentos como reabilitação (+26,64%), odontologia (+8,19%) e laboratório (+6,35%) apresentaram crescimento, mas a categoria médico-hospitalar continua sendo a mais representativa (64,49%).
Apesar dos bons indicadores, o setor enfrenta desafios, como a dependência dos insumos americanos, que totalizaram US$ 7,23 bilhões em 2025, com 16,57% do montante oriundo dos EUA. A Abimo enfatiza a necessidade de acordos internacionais e reciprocidade regulatória para garantir a competitividade das empresas brasileiras.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.