O Departamento de Comércio dos EUA pode autorizar a exportação do chip H200 da Nvidia para a China, elevando ações da empresa em 2%. A decisão reflete uma nova postura nas relações comerciais
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos está prestes a permitir a exportação do chip H200 da Nvidia para a China, conforme informações de uma fonte próxima ao assunto à Reuters. Após essa notícia, as ações da Nvidia tiveram um aumento de 2%.
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A Semafor foi a primeira a divulgar essa informação.
A autorização para as exportações pode indicar uma postura mais conciliatória em relação à China. Isso ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, terem mediado uma trégua na guerra comercial e tecnológica entre os dois países em Busan, na Coreia do Sul, no mês passado.
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Autoridades do governo veem essa decisão como um meio-termo entre a liberação dos chips Blackwell mais recentes da Nvidia para a China, o que Trump não autorizou, e a proibição total de chips americanos para o país. Essa última opção, segundo as autoridades, poderia fortalecer os esforços da Huawei em vender chips de IA na China.
A Nvidia e o Departamento de Comércio dos EUA não se pronunciaram imediatamente sobre o assunto. Críticos em Washington expressam preocupações de que a venda de chips de IA mais avançados para a China possa beneficiar as forças armadas chinesas, levando o governo de Joe Biden a impor restrições a essas exportações.
O chip H200, lançado há dois anos, possui mais memória de alta largura de banda em comparação ao seu antecessor, o H100, permitindo um processamento de dados mais eficiente. Um relatório do think tank apartidário Institute for Progress, divulgado no domingo (7), indica que o H200 é quase seis vezes mais potente que o H20, o semicondutor de IA mais avançado que pode ser legalmente exportado para a China.
A liberação da exportação do chip possibilitaria que laboratórios de IA chineses desenvolvessem supercomputadores com desempenho similar aos principais supercomputadores de IA dos EUA, embora a um custo mais elevado. O órgão regulador de cibersegurança da China convocou a Nvidia para discutir possíveis vulnerabilidades do chip H200, uma alegação que a empresa nega.
Chris McGuire, especialista em tecnologia e segurança nacional que atuou no Departamento de Estado dos EUA até o verão passado, afirmou que as empresas chinesas provavelmente continuarão a adquirir o H200, independentemente das restrições.
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Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.