Exército israelense retoma bombardeios na Faixa de Gaza e gera nova onda de tensão e tragédia

Exército israelense retoma bombardeios na Faixa de Gaza, desrespeitando o cessar-fogo. Situação humanitária se agrava, com relatos de ataques e desespero entre os civis

01/11/2025 16:28

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(Imagem de reprodução da internet).

Exército israelense retoma bombardeios na Faixa de Gaza

No último sábado (1º), o exército de Israel voltou a violar o cessar-fogo, realizando novos bombardeios na Faixa de Gaza. O governo israelense afirma que os três corpos recebidos na sexta-feira (31) não pertencem a nenhum dos prisioneiros capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

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Conforme informações de uma fonte palestina, disparos e ataques aéreos foram ouvidos nas proximidades de Khan Yunis, na região sul do território, neste sábado. Até o momento, não há relatos sobre vítimas. O cessar-fogo entre Israel e Hamas está em vigor desde 10 de outubro, após um acordo mediado pelos Estados Unidos.

Consequências dos bombardeios

Apesar do cessar-fogo, Israel já realizou dois bombardeios massivos contra Gaza, resultando na morte de mais de 100 pessoas, após acusar o Hamas de violar o acordo. “A vida não tem sentido”, desabafou Sumaya Dalul, residente de Gaza. “Não temos dinheiro, trabalho, comida, água, eletricidade ou internet”, completou.

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Os ataques aéreos de 19 de outubro deixaram pelo menos 45 mortos ao longo da faixa costeira, segundo fontes palestinas. Já os bombardeios ocorridos na terça-feira resultaram em 104 mortes, conforme as mesmas fontes.

Devolução de corpos e tensões

O acordo de cessar-fogo previa a devolução de todos os prisioneiros, vivos e mortos, a Israel em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos. Após a trégua, o Hamas libertou os últimos 20 sobreviventes em 13 de outubro e iniciou a devolução dos corpos dos prisioneiros falecidos.

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No entanto, atrasos na entrega dos corpos geraram irritação no governo israelense, que acusou o Hamas de descumprir o acordo. As famílias dos reféns também pediram ações mais rigorosas para garantir que o grupo palestino cumpra o que foi acordado.

Informações sobre os corpos entregues

Até agora, o Hamas já entregou os restos mortais de 17 dos 28 reféns mortos. Na manhã de sábado, um laboratório forense informou que os três corpos entregues pelo Hamas, através da Cruz Vermelha, não correspondiam a nenhum dos prisioneiros, segundo uma porta-voz do exército israelense.

As brigadas Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, afirmaram que propuseram entregar a Israel três amostras de restos mortais não identificados, mas Israel se recusou a aceitar as amostras para exame.

Situação humanitária em Gaza

A situação humanitária e de segurança em Gaza continua crítica. Hisham al-Bardai relatou à AFP: “Ontem à noite ouvi disparos das forças de ocupação várias vezes. Não temos comida nem água para beber ou para nos lavar. A situação é crítica.

O cessar-fogo começou, mas a guerra não acabou”.

O acordo de cessar-fogo também prevê a mobilização de uma força internacional de estabilização no território palestino, composta principalmente por países árabes e muçulmanos, para supervisionar a segurança durante a retirada do exército israelense.

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.