Exercitar-se com doença é superior a não se exercitar

Exercícios físicos podem ser vantajosos no enfrentamento de infecções e desfavoráveis, segundo especialistas.

16/06/2025 14:31

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Exercitar-se com doença é superior a não se exercitar
(Imagem de reprodução da internet).

Você mantém uma rotina regular de exercícios físicos, frequentando academia ou realizando sua corrida diariamente. Contudo, de repente, acorda sentindo dor corporal, coriza ou outros sintomas de resfriado. E agora? É melhor treinar doente ou é preferível descansar?

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A resposta para essa pergunta é: depende. “Vai variar de acordo com o tipo de vírus ou bactéria que está causando a infecção, da intensidade e gravidade do quadro, e dos sintomas”, afirma Rosana Richtmann, infectologista dos laboratórios Delboni e Salomão Zoppi, da Dasa, CNN.

Se você possui um quadro infeccioso leve, de trato respiratório superior – como tosse, coriza e dor de garganta branda – sem dor corporal e sem febre, pode sim praticar atividade física leve, visando modular e estimular seu sistema imunológico, conforme a especialista.

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“Por outro lado, toda vez que você tiver um quadro infeccioso com sintomas mais generalizados, como febre, dor no corpo, fadiga ou diarreia, está proibido o exercício físico durante o período desta virose”, afirma Richtmann. “Durante a atividade física, você pode ter uma diminuição da sua capacidade imunológica de responder às infecções mais graves e sistêmicas. Então, o ideal é que você faça repouso e se hidrate adequadamente para que seu sistema imunológico possa se recuperar”, completa.

Após o término dos sintomas virais, é possível retomar a atividade física, mas de maneira gradual e considerando os sinais do corpo. “Lembrando que, ao realizar atividade física intensa durante um quadro viral, você pode ter complicações cardiovasculares, inclusive uma miocardite, que é uma inflamação do músculo do coração ou uma arritmia”, reitera a infectologista.

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Ademais, conforme Anderson Teu, educador físico e personal trainer da Academia Gaviões, certas enfermidades podem provocar desidratação e fraqueza, elevando o risco de quedas e lesões durante a prática física. “É importante priorizar o repouso, por dois a sete dias, e sempre consultar um profissional de saúde antes de retornar aos treinos”, recomenda.

Contudo, ele também concorda que o exercício físico pode auxiliar em casos brandos e quando os sinais já estão sob controle. “Nesta etapa, exercícios leves podem elevar o ânimo, estimular a circulação sanguínea e proporcionar uma sensação geral de bem-estar. Atividades como caminhadas amenas, alongamentos ou ioga de baixa intensidade são recomendadas, desde que não haja febre ou sintomas ativos.”

Como retomar o treino após uma doença.

Após uma infecção, o retorno aos treinos deve ser gradual e sob supervisão profissional, assegurando que cada fase da recuperação seja devidamente consolidada.

A autoavaliação pode ser arriscada, uma vez que o retorno antecipado da prática física pode prejudicar a saúde e alongar o processo de recuperação. É importante respeitar o ritmo do corpo e contar com a supervisão de um profissional para prevenir novas ocorrências.

Richtmann também aconselha monitorar a frequência cardíaca durante o retorno das atividades físicas. “Se você estiver mais cansado, o que é esperado após uma pausa de alguns dias, comece progressivamente e vá aumentando a carga da sua atividade física de maneira gradual. Não vá até o seu limite. Isso é muito mais saudável para o seu organismo se readaptar à rotina dos seus exercícios”.

Como minimizar a perda de massa muscular durante o período de recuperação?

Segundo Teu, é viável reduzir a perda de massa muscular durante o período de recuperação de uma infecção, ao adotar uma alimentação saudável (com adequada ingestão de carboidratos, proteínas, fibras e gorduras boas), a hidratação correta e a prática de exercícios leves de mobilidade e alongamento.

É fundamental respeitar os limites do corpo e evitar esforços excessivos enquanto ainda se recupera, finaliza.

A prática de atividades físicas auxilia na prevenção, tratamento e recuperação do câncer.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.