O governo brasileiro reiterou o pedido ao principal responsável pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília para esclarecimentos. A solicitação ocorreu após a manifestação do perfil oficial da representação diplomática norte-americana no País com ataques ao ministro Alexandre de Moraes e ameaças a outros membros do Supremo Tribunal Federal.
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O governo de Donald Trump não possui embaixador nomeado para a embaixada no território brasileiro. Portanto, a direção da representação diplomática é exercida por Gabriel Escobar, que detém o cargo mais elevado na representação em momento atual: o de encarregado de negócios.
O secretário interino para Europa e América do Norte do Itamaraty, Flavio Goldman, recebeu Escobar. Na reunião, Goldman expressou a forte indignação do governo brasileiro em relação ao tom e ao conteúdo das publicações recentes.
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A publicação que justificou a convocação ocorreu na quinta-feira, 7, após a embaixada dos EUA em Brasília traduzir uma postagem de Darren Beattie, subsecretário do governo americano. A postagem afirma que Moraes foi alvo da Lei Magnitsky por ser “o arquiteto da censura e perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras instâncias foram instruídos a não apoiar ou facilitar as ações do magistrado. A representação oficial dos EUA continua a exercer pressão.
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O texto representa clara ingerência em assuntos internos e ameaças inaceitáveis a autoridades brasileiras, conforme entendimento do Ministério das Relações Exteriores.
Em julho, o Itamaraty já havia convocado Escobar para prestar esclarecimentos, após o perfil da embaixada norteamericana ter apoiado críticas ao Poder Judiciário brasileiro e manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fonte por: Carta Capital
