A gestão Lula (PT) anunciou o aumento das tarifas de importação para os Estados Unidos, o que gerou uma avaliação contrastante: embora o impacto imediato tenha sido menos severo do que se previa, setores estratégicos da economia ainda podem enfrentar consequências significativas.
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O presidente se reuniu no início da noite desta quarta com o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB); o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Na avaliação inicial, representantes do governo ressaltam que a decisão norte-americana, que aumenta de 10% para 50% a alíquota de vários produtos brasileiros, não é “tão significativa”. O alívio surgiu com a lista de exceções, que inclui 694 itens, incluindo suco de laranja, castanhas, petróleo, derivados energéticos, aeronaves e veículos.
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Contudo, a preocupação se concentra nos produtos que não se enquadraram nas exceções. Dentre eles, destacam-se café, cacau, carnes e frutas, itens cruciais na pauta exportadora do Brasil. De acordo com projeções do Ministério da Agricultura, esses setores já poderão sentir os impactos da sobretaxa em agosto.
Apesar das dúvidas, o governo estima que existirá alguma melhora no desempenho da produção. A análise indica que as maiores empresas brasileiras, incluindo a Embraer e os grandes exportadores de energia e minerais, não sofrerão impactos diretos, o que diminui o risco de uma crise generalizada no comércio entre os dois países.
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Internamente, Lula considerou três alternativas como possíveis reações, que variam do gesto político mais radical à diplomacia econômica multilateral:
O governo do Palácio do Planalto adota uma posição firme, porém não conflituosa, priorizando a via diplomática e buscando o apoio de outros parceiros comerciais que também se sentem ameaçados por ações unilaterais dos Estados Unidos.
Fonte por: Carta Capital