Até o momento, foram consumidos 3,17% dos R$ 50 bilhões destinados aos congressistas em 2025.
A última atualização de quinta-feira (5.jul.2025) do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) indica que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já repassou R$ 1,583 bilhão em emendas até o momento.
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Constitui 3,17% dos R$ 50 bilhões destinados ao ano de 2025.
A partir da segunda-feira (30 de junho), o valor comprometido aumentou de R$ 3,847 bilhões para R$ 5,616 bilhões.
A quantia designada corresponde a uma reserva do dinheiro público do Orçamento, formalmente reservada pelo governo. O objetivo do empenho é realizar um repasse para algum projeto proposto por deputados ou senadores. Leia a explicação completa ao final desta reportagem.
O progresso nas concessões visa diminuir a crise com o Congresso e assegurar apoio ao decreto do IOF de Fernando Haddad. Com essa pressão, o governo precisa acelerar o pagamento das emendas empenhadas para manter a base aliada e evitar novas derrotas no plenário.
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A quantidade de recursos alocados ainda não é suficiente para atender à insatisfação dos deputados e senadores.
O avanço da liberação aconteceu em um momento de alta tensão entre o Executivo e o Legislativo. Após a queda do decreto que elevou o IOF, a Câmara aprovou na quarta-feira (2.jul) o regime de urgência do PLP 41/2019, que revisa regras de incentivos fiscais e reduz brechas para renovações automáticas. A proposta agora pode ir diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões.
O objetivo do Centrão é exercer um maior controle político sobre o Orçamento.
O grupo também está elaborando um novo calendário oficial para a concessão de emendas ao longo de 2026. A iniciativa visa impulsionar projetos e assegurar respaldo político no ano subsequente.
A liderança do Congresso exige do Planalto uma programação mais consistente e organizada, tendo em vista que a relatoria do arcabouço fiscal de 2026 esteja alinhada às necessidades do Legislativo.
Deve enfrentar resistência do Palácio do Planalto — que já sofre pressão para reduzir despesas.
O empenho se distingue do pagamento.
O empenho é a etapa inicial da realização do gasto público. É quando o governo oficializa que destinará uma parte do dinheiro disponível no Orçamento para o projeto proposto por um deputado ou senador.
Após o esforço, o valor é, de fato, assegurado. Opera como uma garantia da autoridade de que o pagamento será realizado. Dessa forma, o serviço indicado por uma emenda pode ser contratado ―na expectativa de que o pagamento venha a ocorrer em algum momento.
Após o esforço, segue-se a fase da liquidação – quando o governo reconhece que o serviço contratado foi prestado – e, por fim, o pagamento em si, com a liberação dos recursos na conta do executor do serviço.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.