O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi assassinado a tiros de fuzil em Praia Grande, litoral paulista, na segunda-feira (15). Uma equipe de investigação com mais de 100 policiais foi acionada para apurar o crime.

Ex-delegado foi assassinado em Praia Grande, sendo considerado um adversário do Primeiro Comando de Capital (PCC).

O ato, conforme descrito pelo secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, foi caracterizado como “covarde” e de “alta complexidade”, ocorrendo após uma perseguição em que o automóvel da vítima, já atingido, colidiu com um ônibus, e os criminosos concluíram a execução no veículo tombado.

O secretário afirmou que ele estava sendo perseguido em relação à morte do ex-delegado.

Linhas de Investigação

As autoridades avaliam todas as possibilidades, sem excluir nenhuma, em relação ao crime. Há entre três e quatro linhas de investigação sendo desenvolvidas em paralelo pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com o apoio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

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A Polícia Federal e o Gaeco do Ministério Público também se mostraram disponíveis para auxiliar.

Uma das principais linhas investigativas é a busca pela vingança de facções criminosas, em particular o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ruy Ferraz Fontes era reconhecido por sua atuação inicial e vigorosa no enfrentamento do crime organizado e era visto como um dos principais adversários do PCdoB, com toda a liderança da facção, incluindo Marcola, sendo indiciado em 2006.

Também atuou na identificação da organização criminosa PCC na década de 2000. Há uma suspeita de que o ato possa ter sido realizado pela “Sintonia Restrita”, grupo de assaltantes armados do PCC.

Outra via de investigação é a possível relação do crime com o trabalho de Fontes na Prefeitura de Praia Grande, em seu cargo como secretário de Administração.

A polícia declarou que, na madrugada após o crime, diversas informações foram recebidas e serão analisadas.

O que se sabe sobre o caso

Ruy Ferraz Fontes, com 63 anos, trabalhou por mais de 40 anos na Polícia Civil de São Paulo, exercendo funções de relevo, incluindo as de delegado-geral, diretor do Decap e passando por unidades como Deic, Denarc e DHPP. Ele está atualmente afastado da corporação, atuando como secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande desde janeiro de 2023.

Fontes expressou preocupação com sua segurança e a de sua família após um assalto em dezembro de 2023, declarando: “Eu enfrentei esses indivíduos durante tantos anos e agora os criminosos sabem onde eu resido”.

Ele também sofreu outros assaltos e emboscadas nos anos de 2010, 2012, 2020 e 2022, com ocorrências que incluíram troca de disparos e vítimas feridas.

Criminosos empregaram dois carros roubados na capital paulista, uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade, com a Hilux sendo incendiada para apagar rastros.

Três indivíduos saíram do veículo para realizar os tiroteios, ao passo que outro permaneceu ao volante. Duas pessoas também ficaram feridas no incidente e receberam atendimento, sem que a situação apresentasse risco de óbito.

O governador Tarcísio de Freitas e o secretário Guilherme Derrite asseguraram que os responsáveis serão identificados e punidos com todo o rigor legal.

Fonte por: CNN Brasil