Ex-PRF afirma que Silvinei Vasques reuniu-se com Moraes em 2022

Luis Carlos Reischak Junior compareceu ao depoimento perante o STF; a organização teria se dedicado a evitar o movimento de eleitores.

18/07/2025 17:57

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Ex-PRF afirma que Silvinei Vasques reuniu-se com Moraes em 2022
(Imagem de reprodução da internet).

Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência da PRF (Polícia Rodoviária Federal), afirmou que o ex-diretor-geral da corporação Silvinei Vasques “buscou” o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em 2022 para “esclarecer a atuação da PRF” após “saírem notícias negativas”.

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A declaração foi feita nesta sexta-feira (18.jul.2025) durante depoimento no STF. Reischak é testemunha de defesa de Silvinei Vasques, um dos réus do chamado núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado.

As “notícias negativas” citadas pelo ex-diretor referem-se à cobertura da imprensa sobre os bloqueios realizados pela PRF para impedir ou dificultar o deslocamento de eleitores no segundo turno de 2022.

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Reischak é um dos cinco agentes indiciados pela PF em janeiro deste ano no caso.

Ao ser questionado pela defesa de Vasques acerca da atuação da PRF, Reischak afirmou que, no dia do segundo turno, ocorreu uma reunião para discutir a operação Transporte Seguro. Ele relatou que constou um relato sobre o transporte de dinheiro com o objetivo de compra de votos e que uma ação seria implementada nos próximos dias.

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Reischak não mencionou o nome do candidato a que os votos supostamente comprados se destinavam e tampouco afirmou se a reunião com Moraes ocorreu. Na época das eleições, o ministro era o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Segundo o Valor Econômico, o encontro entre os dois ocorreu em 30 de outubro, dia do segundo turno. Moraes solicitou explicações sobre as operações da PRF, notadamente em áreas do Nordeste onde o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve maior votação no primeiro turno.

O ministro também teria ameaçado Silvinei de prisão e de uma multa pessoal de R$ 100 mil se o desbloqueio não fosse realizado. Além disso, teria dito que o afastaria imediatamente das funções, e que ocorreria uma prisão em flagrante por desobediência e crime eleitoral.

Fonte por: Poder 360

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.