Ex-presidente Figueiredo afirma que pagar 10% de juro real é crime

Ex-diretor do Banco Central acredita que o Comitê de Política Monetária pode começar a implementar uma queda gradual na taxa Selic em janeiro.

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(Imagem de reprodução da internet).

Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e atual presidente do conselho de administração da Jive Mauá, avalia que o Brasil comete um “crime” ao registrar uma taxa de juros reais de 10%.

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Considera-se que há um certo grau de estabilidade nos ativos diante dessa situação de elevado prêmio de risco, devido à expectativa de que uma reforma tributária se torne inevitável em 2027.

Apesar da ausência de mudanças políticas, é imprescindível realizar um ajuste fiscal. Em momentos de crise, ninguém consegue governar, afirma ao Capital Insights, programa da CNN Money e da Broadcast.

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O país fatia aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto, ao passo que as isenções fiscais somam algo entre 6% e 7% das riquezas produzidas. “Não é difícil fazer ajustes nessa condição. Mas é preciso querer”, afirma o economista.

Figueiredo destaca que a dívida brasileira é elevada e mantém um crescimento acelerado. “Estamos em uma situação de predomínio fiscal em uma versão menos avançada, ainda não consolidada.”

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Na política monetária, o ex-diretor do BC recorda que houve forte pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Roberto Campos Neto, ex-presidente da autoridade monetária. O sucessor, Gabriel Galípolo, avalia que ele também realiza um trabalho semelhante.

A gestão da diretoria possui caráter técnico, não político. Teve uma forte pressão, porém foram nomeados os profissionais adequados no Banco Central. Galípolo está consolidando sua reputação. Não possuía grande conhecimento em política monetária, mas adquiriu experiência relevante durante seu mandato e isso auxiliou na condução da política.

O ministro indicado para a economia, Figueiredo, acredita que o Banco Central poderá iniciar uma diminuição gradual da taxa Selic em janeiro, porém existe a possibilidade de adiantar essa medida para dezembro.

A inflação apresenta variação inesperada para menos, o câmbio e as commodities não demonstram maior pressão e as projeções no Focus estão alinhadas.

É de se esperar que o Banco Central brasileiro mude de forma devagar no teor da comunicação.

A expectativa é que nos Estados Unidos haja uma diminuição das taxas de juros, provavelmente nesta mesma instância. “O Federal Reserve precisa demonstrar sua independência em relação ao governo Trump”, complementa.

O Banco Central possui três formas de controlar o dólar.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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