A Ferrari enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua trajetória recente, e as críticas não se restringem mais à mídia ou aos fãs. O responsável por levantar a voz contra a escuderia foi Luca Di Montezemolo, gestor que liderou o time nas décadas de 2000.
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Durante a pré-estreia do documentário “Luca: Seeing Red”, o italiano declarou que há carência de liderança e até mesmo de “alma” no time de Maranello.
“O que me irrita hoje é observar uma Ferrari sem um motorista, não há liderança. E acima de tudo, percebo a falta de uma pessoa forte e decidida”, afirmou. Para ele, discursos exagerados sem consequências apenas intensificam a insatisfação: “Primeiro alcançamos os resultados, depois divulgamos as informações.”
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Montezemolo compreendeu profundamente a responsabilidade de conduzir a Ferrari. Assumiu a presidência em 1991 e guiou a recuperação do time, que não conquistava títulos desde 1983. Esse esforço resultou na vitória do Campeonato Mundial de Construtores em 1999, com Michael Schumacher e Eddie Irvine, e pavimentou o caminho para uma série histórica de cinco campeonatos consecutivos entre 2000 e 2004, todos com Schumacher e Rubens Barrichello. Posteriormente, obteve os triunfos de 2007 e 2008, mas desde então a equipe enfrenta um período de 16 anos sem conquistas. O dirigente deixou o cargo em 2016.
A responsabilidade pelos resultados aumentou para a equipe atual. A Ferrari começou 2025 com grande expectativa, com a chegada de Lewis Hamilton para trabalhar com Charles Leclerc. Contudo, o desempenho não atingiu as metas estabelecidas: Hamilton não alcançou o pódio em nenhuma corrida (a vitória na corrida sprint do Grande Prêmio da China não é considerada oficialmente) e Leclerc obteve o segundo lugar no Grande Prêmio de Mônaco como melhor resultado.
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Apesar do apoio dos torcedores em Monza, o time não conseguiu alcançar um bom resultado. Leclerc chegou em quarto lugar e Hamilton em sexto. Para Montezemolo, a disparidade entre a paixão da torcida e o desempenho na pista eleva a responsabilidade da equipe.
Observou-se as fotos impactantes dos torcedores e, em seguida, uma equipe sem vitórias. Espera-se que as situações se alterem, principalmente para aqueles que mantêm uma crença firme.
A frustração se manifesta também nos números. Mesmo em segundo lugar no campeonato de construtores, com 280 pontos, a Ferrari apresenta uma grande distância em relação à McLaren. Essa diferença de 337 pontos garante aos britânicos a possibilidade de assegurar o título, ainda no fim de semana do GP do Azerbaijão, com sete corridas restantes a serem disputadas.
Fonte por: CNN Brasil