Ex-Presidente da Coreia do Sul Enfrenta Acusações de Obstáculos à Justiça

Promotores sul-coreanos solicitaram uma pena de 10 anos de prisão para o ex-presidente, em decorrência de acusações de obstrução à justiça. O pedido foi formalizado nesta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, conforme reportado pela agência de notícias sul-coreana.

O caso está inserido no âmbito de um dos quatro processos judiciais que o ex-presidente enfrenta.

Um tribunal de Seul deve proferir o veredicto sobre a acusação de obstrução à justiça. Além desta, o ex-presidente também é acusado de liderar uma insurreição, o que poderia resultar em uma pena severa caso seja considerado culpado. A situação se agrava com o fato de ter tentado, em dezembro de 2024, impor uma lei marcial, o que culminou em uma tentativa de golpe de Estado que envolveu o Exército e forças de segurança.

A tentativa de golpe fracassou após a união dos parlamentares, que aprovaram a revogação da lei marcial por unanimidade. O ex-presidente foi preso durante a segunda operação das forças de segurança. Em abril de 2025, o Tribunal Constitucional confirmou seu impeachment, encerrando oficialmente seu mandato.

A Coreia do Sul realizou uma eleição presidencial extraordinária em junho, que resultou na vitória do Partido Democrata, que assumiu a presidência.

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Um ano após a tentativa de impor a lei marcial, o então presidente justificou a medida alegando a necessidade de combater “atividades traidoras em favor da China e da Coreia do Norte”. A suspensão do regime civil foi a primeira de seu tipo em 40 anos, gerando manifestações em massa e um período prolongado de instabilidade política no país.