Ex-prefeito Fernando Haddad critica a alegação de que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é a principal causa da inflação, afirmando que quem utiliza essa tese não possui argumentos consistentes
O ministro declarou que a elevação do IOF não afeta diretamente pessoas físicas, ao contrário do que sustentou o senador.

O ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), afirmou no X que “a oposição precisa se informar e parar de mentir”. A publicação inclui um vídeo em que o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), foi corrigido sobre as informações que apresentava em relação ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
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Na quinta-feira seguinte, Nogueira declarou à GloboNews que “as pessoas não podem ser sacrificadas” pelo aumento do IOF, afirmando que o Congresso não aceitaria a mudança se o imposto afetasse a população de baixa renda.
Na entrevista compartilhada por Haddad, a jornalista Mônica Waldvogel interrompeu com um comunicado de correção do Ministério da Fazenda. “Uma pequena correção: em tudo que se refere aos empréstimos ligados à Pessoa Física, não houve aumento do IOF. As alterações foram feitas em cima de outras operações, como compra de moeda, cartão de crédito usado no exterior e risco sacado”, afirma ela.
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Ninguém que não tem argumento mente: O IOF de pessoa física não aumentou em nada. O que aumentou foi Bolsonaro. Criamos o Acredita, o Desenrola e o consignado privado. Nome limpo e crédito mais barato. A oposição precisa se informar e parar de mentir.
Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 9 de julho de 2025
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O IOF do pessoa física não aumentou em nada. Quem aumentou foi Bolsonaro.
O ministro reiterou a proposta de alteração da alíquota em uma reunião com representantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Congresso na noite de terça-feira (8.jul). A intenção do encontro foi retomar o diálogo acerca do impasse, porém, ele se encerrou sem conclusão.
Foi constatada uma discrepância.
O governo decidiu elevar o IOF para equilibrar as contas de 2025. A Câmara dos Deputados rejeitou o decreto presidencial em 27 de junho de 2025 com votação expressiva e aprovação simbólica (sem registro de votos) no Senado. O governo recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular a decisão dos deputados e senadores. Partidos de oposição também compareceram ao STF para manter a derrubada do IOF.
Em 4 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão dos efeitos do decreto presidencial e da votação do Congresso que eliminava o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na prática, a decisão de Moraes prejudicou o governo, mantendo em vigor as alíquotas elevadas, conforme o desejavam Fernando Haddad e outros.
Para se ter uma noção do impacto da medida na arrecadação do governo, é suficiente observar os dados de junho: registrou-se uma arrecadação de R$ 8 bilhões em IOF. Tal valor é o maior já registrado para um único mês desde 2005. Em julho, a taxa já voltou a ser cobrada com os percentuais anteriores, o que deve frustrar as receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.
Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não avançamos nada. Amanhã vou relatar aos líderes um pouco dessa disposição de conversar e dizer que estamos à disposição para ter um diálogo e que sabemos das dificuldades do governo para arrecadar, e noutros momentos mais propensos ao corte de despesas, e não para o aumento de impostos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.