Ex-prefeito Fernando Haddad critica a alegação de que o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é a principal causa da inflação, afirmando que quem utiliza essa tese não possui argumentos consistentes

O ministro declarou que a elevação do IOF não afeta diretamente pessoas físicas, ao contrário do que sustentou o senador.

09/07/2025 14:11

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Presidente Luiz Inacio Lula da Silva, ministro Fernando Haddad (Fazenda), min. Carlos Favaro (Agricultura0, min. Paulo Teixeira (Agricultura Familiar) , Marian Silva (Meio Ambiente) no anuncio do governo federal anunciou nesta 2ª feira (30.jun.2025) o novo Plano Safra da Agricultura Familiar com R$ 78,2 bilhões em crédito para o ciclo 2025/2026. Os juros nas linhas do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) estão entre 0,5% e 8%. O valor a ser financiado para a agricultura familiar é 3% maior do que anunciado no Plano Safra 2024/2025, de R$ 76 bilhões. O valor a ser financiado para a agricultura familiar é 3% maior do que anunciado no Plano Safra 2024/2025, de R$ 76 bilhões. | Sérgio Lima/Poder360 - 30.jun.2025
Presidente Luiz Inacio Lula da Silva, ministro Fernando Haddad (...

O ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), afirmou no X que “a oposição precisa se informar e parar de mentir”. A publicação inclui um vídeo em que o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), foi corrigido sobre as informações que apresentava em relação ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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Na quinta-feira seguinte, Nogueira declarou à GloboNews que “as pessoas não podem ser sacrificadas” pelo aumento do IOF, afirmando que o Congresso não aceitaria a mudança se o imposto afetasse a população de baixa renda.

Na entrevista compartilhada por Haddad, a jornalista Mônica Waldvogel interrompeu com um comunicado de correção do Ministério da Fazenda. “Uma pequena correção: em tudo que se refere aos empréstimos ligados à Pessoa Física, não houve aumento do IOF. As alterações foram feitas em cima de outras operações, como compra de moeda, cartão de crédito usado no exterior e risco sacado”, afirma ela.

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Ninguém que não tem argumento mente: O IOF de pessoa física não aumentou em nada. O que aumentou foi Bolsonaro. Criamos o Acredita, o Desenrola e o consignado privado. Nome limpo e crédito mais barato. A oposição precisa se informar e parar de mentir.

Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 9 de julho de 2025

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O IOF do pessoa física não aumentou em nada. Quem aumentou foi Bolsonaro.

O ministro reiterou a proposta de alteração da alíquota em uma reunião com representantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Congresso na noite de terça-feira (8.jul). A intenção do encontro foi retomar o diálogo acerca do impasse, porém, ele se encerrou sem conclusão.

Foi constatada uma discrepância.

O governo decidiu elevar o IOF para equilibrar as contas de 2025. A Câmara dos Deputados rejeitou o decreto presidencial em 27 de junho de 2025 com votação expressiva e aprovação simbólica (sem registro de votos) no Senado. O governo recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular a decisão dos deputados e senadores. Partidos de oposição também compareceram ao STF para manter a derrubada do IOF.

Em 4 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão dos efeitos do decreto presidencial e da votação do Congresso que eliminava o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na prática, a decisão de Moraes prejudicou o governo, mantendo em vigor as alíquotas elevadas, conforme o desejavam Fernando Haddad e outros.

Para se ter uma noção do impacto da medida na arrecadação do governo, é suficiente observar os dados de junho: registrou-se uma arrecadação de R$ 8 bilhões em IOF. Tal valor é o maior já registrado para um único mês desde 2005. Em julho, a taxa já voltou a ser cobrada com os percentuais anteriores, o que deve frustrar as receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.

Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não avançamos nada. Amanhã vou relatar aos líderes um pouco dessa disposição de conversar e dizer que estamos à disposição para ter um diálogo e que sabemos das dificuldades do governo para arrecadar, e noutros momentos mais propensos ao corte de despesas, e não para o aumento de impostos.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.