Retomada do Inquérito da CPI da Covid Corrigindo Arquivamento Político
O senador Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde no governo Lula, celebrou a decisão do ministro Flávio Dino (STF) de retomar o inquérito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, considerando-a um passo crucial para responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por crimes cometidos durante a pandemia. Segundo Costa, o arquivamento anterior foi marcado por “motivação política”, permitindo que Bolsonaro passasse “impunemente” por ações questionáveis.
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Contexto da CPI
A CPI da Covid-19, que funcionou entre abril e outubro de 2021 no Senado, investigou a condução do governo Bolsonaro durante a crise sanitária. A investigação abordou questões como a omissão na compra de vacinas, a promoção de tratamentos ineficazes e a responsabilidade pelas mortes evitáveis. O relatório final da comissão, rico em “provas bastante importantes e robustas”, solicitou o indiciamento de Bolsonaro e outras autoridades por charlatanismo, epidemia com resultado de morte e crime contra a humanidade.
Participantes da CPI
A comissão foi presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) e teve Renan Calheiros (MDB-AL) como relator. Humberto Costa, como integrante da comissão, ressalta que o arquivamento das denúncias ocorreu sem uma avaliação adequada e sem investigações complementares, o que, segundo ele, se resolve com a retomada do inquérito.
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Críticas à Procuradoria Geral
Costa critica a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada na época por Augusto Aras, que foi indicado por Bolsonaro. Ele acredita que a PGR ignorou o trabalho da CPI e que a retomada do inquérito é um serviço prestado a Bolsonaro e a um grupo de pessoas indiciadas.
Outras Políticas e Críticas
Além da CPI, o senador também criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, classificando-a como “claramente imoral e indecente”. Costa acredita que o projeto será rejeitado no Senado, graças à pressão da opinião pública. Ele também comentou a crise política envolvendo o União Brasil, avaliando que a legenda tenta criar uma “falsa indignação” após denúncias contra seu presidente, Antonio Rueda.
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O senador destacou que a pauta da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, que teve a sua urgência aprovada, “não interessa ao Brasil” e que o Congresso deveria priorizar medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a tarifa social de energia elétrica.
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