Ex-Ministro Afirma Ignorância Sobre Empresário Investigado na CPMI do INSS
O ex-ministro do Trabalho e Previdência declarou nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, que desconhece o empresário Felipe Macedo Gomes, um dos investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que havia realizado uma doação de R$ 60.000 para sua campanha eleitoral no Rio Grande do Sul em 2022.
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A afirmação foi feita durante o depoimento ao colegiado, no âmbito das investigações sobre possíveis fraudes nos descontos associativos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Resposta ao Relator e Negação de Irregularidades
Em resposta ao relator da CPI, o deputado Onyx (Republicanos-AL), negou qualquer envolvimento em irregularidades, ressaltando seu histórico público. “Tenho uma vida pública de 28 anos e nunca tive processo envolvendo dinheiro público”, afirmou.
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O depoimento ocorreu em meio às investigações sobre a gestão do INSS e a utilização de recursos em benefício de candidatos a cargos eletivos.
Disputa Sobre Acordos de Cooperação Técnica
O ex-ministro também contestou a alegação de que os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados entre o INSS e entidades associativas passavam pelo gabinete ministerial. “Desafio que me tragam um ACT assinado por um ministro da Previdência.
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Não vai achar, porque não é sua atribuição”, declarou. A disputa se refere à forma de aprovação e controle dos acordos entre o INSS e organizações da sociedade civil.
Investigação Sobre Doação Eleitoral e Contexto da Gestão
O ex-ministro declarou não ter conhecimento da origem dos valores doado e negar ter arrecadado recursos pessoalmente. “Nunca vi esse cidadão, não sei quem é. […] Nunca pedi dinheiro para bandido”, afirmou. O contexto da declaração se refere ao período em que esteve à frente do Ministério do Trabalho e Previdência e às possíveis relações entre o setor privado e o INSS.
Análise do Relator e Próximos Passos
Durante o intervalo da sessão, o relator Alfredo Gaspar afirmou que o depoimento foi importante, mas que as informações ainda serão verificadas. “Ele passou oito meses à frente do Ministério e essas fraudes já existiam. Vamos analisar as condutas e confrontar o que ele disse com os documentos. […] Se convenceu ou não, nós faremos esse juízo de valor com a chegada desses documentos”, declarou.
Gaspar afirmou que Onyx respondeu a todas as perguntas e apresentou dados sobre a redução dos descontos associativos durante o período em que esteve à frente do Ministério.
