O ex-médico da Casa Branca Kevin O’Connor alegou a 5ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos e se recusou a responder perguntas durante o depoimento na Câmara dos Representantes dos EUA. A investigação, liderada por James Comer (Partido Republicano), investiga se ele encobriu informações sobre a aptidão mental do ex-presidente Joe Biden (Partido Democrata), de 82 anos, para concorrer à reeleição em 2024.

O depoimento ocorreu à Comissão de Supervisão da Câmara, em caráter fechado, na quarta-feira passada (9.jul.2025). Investigadores sustentam que documentos assinados por meio de autônomo – dispositivo de assinatura automática – da Casa Branca podem ser considerados ilegais se for comprovado que o ex-presidente estava mentalmente incapacitado no momento da assinatura.

O’Connor compareceu à reunião pela manhã, conforme solicitado, mas deixou menos de uma hora após o início do questionamento. Sua defesa apresentou um documento detalhando a decisão de se abster de testemunhar.

Conforme o comunicado, o Dr. O’Connor recusou-se a responder a questionamentos que violassem o direito protetor de informações confidenciais entre médicos e pacientes. A informação é da Associated Press.

O presidente do Comitê, James Comer, afirmou que a recusa de O’Connor indica “uma conspiração”. Declarou que o médico prefere “ocultar a verdade”, apesar do povo norte-americano “exigir transparência”.

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Biden não se manifestou sobre o caso. Comer comunicou que o comitê publicará relatório com todas as descobertas após o encerramento da investigação.

Em carta enviada à comissão e disponibilizada no sábado (5.jul), advogados de O’Connor alegaram que o sigilo médico-paciente impede sua cooperação. Segue a íntegra (PDF – 207 kB, em inglês). O documento declara que a função médica de O’Connor limita sua capacidade de testemunhar sob juramento, impossibilitando-o de compartilhar certas informações confidenciais.

O documento também aponta que a investigação criminal em curso no DOJ (Departamento de Justiça), que trata dos mesmos temas da apuração conduzida pelo Comitê de Supervisão da Câmara, aumenta o risco de autoincriminação para o médico. No entanto, ressalta que isso não indica que Biden tenha infringido a lei.

O’Connor foi intimado a comparecer ao comitê, recusando alegações de que o médico não poderia tratar de informações privadas de saúde de Biden. Ele tentou postergar o depoimento para discutir condições sobre a divulgação dos dados, sem obter sucesso.

A utilização da 5ª Emenda é prática corrente entre testemunhas em audiências no Congresso dos EUA. Aliados de Trump já a empregaram ao se recusar a depor perante o comitê que investigou a invasão ao Capitólio.

Fonte por: Poder 360