Ex-líder do PCC é condenado a 44 anos de prisão pelo crime de mandar a morte de agente penitenciário

A defesa irá recorrer da sentença, alegando que Roberto Soriano, apelidado de ‘Tiriça’, foi condenado em razão de seus antecedentes.

11/06/2025 19:10

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Ex-líder do PCC é condenado a 44 anos de prisão pelo crime de mandar a morte de agente penitenciário
(Imagem de reprodução da internet).

A Justiça Federal sentenciou Roberto Soriano, o “Tiriça”, a 44 anos e oito meses de reclusão, por ser o mandante do assassinato do agente penitenciário Alex Belarmino de Souza. Ele já liderou a hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC). A defesa pretende recorrer da sentença, alegando que “Tiriça” foi condenado por seus antecedentes. Após oito dias de sessões, encerradas na segunda-feira, 9, a sentença foi divulgada. Belarmino foi executado a tiros em setembro de 2016, em Cascavel, no Paraná. Ele foi vítima de emboscada ao se deslocar para uma aula de tiro na Penitenciária de Catanduvas, de segurança máxima. “Tiriça” já está condenado por outro crime, também em Cascavel, o assassinato de Melissa Almeida, psicóloga da prisão de Catanduvas. Ela foi morta em frente à residência onde morava com o marido e o filho, a cerca de 55 quilômetros da penitenciária.

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As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal. A investigação revelou que Melissa teve sua rotina monitorada por vários dias. Ela foi selecionada como alvo por ser considerada de “fácil acesso”. O “ex-líder” da facção e mais três envolvidos no crime foram condenados em agosto de 2023. O processo que culminou na nova condenação de Soriano pelo Tribunal do Júri da Justiça Federal em Curitiba reuniu investigações e ações penais relativas ao assassinato de Belarmino, que atuava no sistema prisional federal.

O ex-líder do PCC foi condenado por homicídio qualificado em razão de o crime ter sido praticado contra agente público no exercício da função. A pena foi agravada em razão das circunstâncias do delito. Tiriça também foi condenado por integrar organização criminosa e cumprirá a pena em regime inicial fechado, sem direito de recorrer em liberdade. A execução do agente penitenciário ocorreu em Cascavel, mas, por determinação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o julgamento foi transferido para a capital paranaense (desaforamento), devido às razões de segurança e garantia da ordem pública.

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O processo de Soriano foi apartado dos demais acusados na tramitação da ação penal e julgado pela 13ª Vara Federal de Curitiba. A ação penal foi proposta pelo Ministério Público Federal contra ‘Tiriça’ e outros 15 acusados. Devido ao desmembramento do caso, os julgamentos ocorreram em datas distintas. Seis réus foram condenados em dezembro de 2021, outros três em julho de 2022 e mais três em setembro de 2023. No total, treze condenados.

A acusação indica que a ordem para os ataques partiu do Comando Primeiro Comando de Capital (PCC). O Ministério Público Federal identificou que a facção se rebelou contra a ‘rigidez do sistema prisional federal, levando à morte de agentes federais desconhecidos pelos faccionados. Além de Alex Belarmino, outros dois agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) foram mortos sob a direção do PCC, entre setembro de 2016 e maio de 2017.

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Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.