Ex-jogador do Napoli, que foi ídolo na década de 1980, lança biografia
O livro narra a trajetória de Sérgio Clérice, ex-jogador com trajetória no futebol italiano.

Diego Armando Maradona encontrou uma pessoa na multidão durante uma de suas paradas no aeroporto de Milão, no auge de sua carreira, em meados da década de 1980, recebendo pedidos de fotos e autógrafos.
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“Você é o Gringo”, declarou Maradona.
Então você me conhece?, respondeu Sérgio Clérice.
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Mas é evidente. Como eu não o conhecia? E Diego lhe deu um beijo na bochecha.
Não se tratava de Sérgio Clerice de interromper aeroportos como Maradona. Contudo, o argentino reconhecia que, antes de alcançar o Napoli e gerar uma revolução no sul da Itália, existira um atacante brasileiro que se tornou ídolo do clube em uma época em que as glórias eram raras para os napolitanos.
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Em Portugal, ainda há poucos que conheçam os feitos do ex-jogador, que atuou em sete clubes italianos e é, até o momento, o brasileiro com o maior número de gols na liga: 187.
O jornalista Rodrigo Viana optou por explorar a trajetória desse personagem anônimo diante do grande público ao escrever a biografia de Sérgio Clérice, “El Gringo, o vilão elegante”, que será lançada neste sábado (2), em um evento no Sesc de Araraquara.
Ele foi imenso e não está na história, então vamos colocá-lo na história. Como se coloca na história? Se materializa. Eu digo que tudo na vida dele foi hiperbólico, mas sempre foi um quase. E este livro vem para preencher essa lacuna.
Descobriu-se graças a Pelé.
Nascido em São Paulo (25 de maio de 1941), Sérgio Clérice se iniciou nas categorias de base do Nacional e do Palmeiras. Emprestado pelo Palmeiras, disputou um amistoso contra o Santos no início da década de 1960, quando o clube era o principal da capital.
Um olheiro italiano observava a partida e, sabendo da dificuldade em contratar os principais jogadores, buscava outras opções. Um jogador que chamou a atenção do emissário era Sérgio, que substituiu Norberto no time da Briosa durante o segundo tempo.
Clérice iniciou então uma trajetória profissional de quase vinte anos no futebol italiano, em que obteve o feito de marcar gols por diversos clubes que representou.
Na Lecco, da segunda divisão, onde permaneceu por mais tempo no país, o jogador registrou 66 gols. Ele também defendeu Bologna, Atalanta, Hellas Verona, Fiorentina, Napoli e Lazio.
No clube napolitano, contribuiu para que a equipe conquistasse o terceiro lugar na temporada 1973-74 e o vice-campeonato em 1974-75, resultados que o consagraram diante da torcida, inclusive recebendo o reconhecimento de Maradona.
Ele possui uma Bola de Ouro, concedida nos 80 anos do Napoli, um momento especial em que está escrito: “Cláudia Gringo, a maior número 11 da história do Napoli”. Em todos os clubes em que atuou, foi aplaudido, senão talvez na Lazio, devido à pouca participação dele. Acredito que, pelo tamanho, o Napoli foi o maior clube. Conta Rodrigo Viana.
Após a aposentadoria, Clérice tornou-se treinador e atuou no Palmeiras, Santos e Ferroviária, entre outros clubes. O vínculo com o clube de Araraquara se intensificou a tal ponto que ele e a família se estabeleceram na cidade do interior paulista.
O “Gringo” ainda acumulou experiência como empresário de jogadores, tendo, por exemplo, participado na ida do atacante Evair à Itália, para defender a Atalanta, no final da década de 1980.
O jornalista Rodrigo Viana trouxe à tona, na biografia do ex-atacante, relatos sobre sua trajetória, que o consagrou com mais gols que Ronaldo, Adriano Imperador e Kaká.
Talvez eu tenha diversos méritos com o livro… literários, memoriais, de pesquisa. Mas o grande mérito talvez seja dar luz a quem sempre teve luz. Se a mídia não deu, isso não é um problema dele, é da mídia. A história dele, do Clérice, aconteceu! Mas ninguém nunca olhou. A gente só olha a história sob o ângulo dos vencedores, né. Por isso eu acho essa biografia preciosa, porque ela dá equilíbrio a essa história.
Ficha técnica de “Sérgio Clerice – El Gringo, o vilão elegante”
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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