Os ataques dos Estados Unidos e de Israel às instalações nucleares do Irã “destruíram” o programa de centrífugas do Irã, utilizado para enriquecer urânio próximos aos níveis necessários para armas, de acordo com um ex-inspetor de armas nucleares das Nações Unidas.
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Após analisar imagens de satélite e dialogar com fontes próximas às instalações de Teerã, David Albright, atual presidente do Instituto de Ciência e Segurança Internacional (ISIS), declarou à CNN que o programa de centrífugas do Irã foi desativado com o ataque a Fordow, Natanz e Isfahã.
Contudo, o ex-inspetor declarou que porções “restantes” do programa do Irã provavelmente permaneceram inalteradas, notadamente seu estoque de urânio enriquecido a 60%, que representa um avanço em relação aos 90% necessários para a fabricação de uma arma nuclear.
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, não pôde confirmar na segunda-feira (23) a localização do estoque iraniano de 400 quilos desse material nuclear.
Grossi afirmou que o Irã não ocultou que protegeu tal material, em meio a suspeitas de que o Irã teria transferido o estoque para um local mais seguro antes dos ataques de domingo.
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Apesar de o Irã conseguir manter em segurança seu urânio enriquecido, Albright afirmou que a conversão desse material em armamento “não seria um processo rápido”, já que a campanha de bombardeios dos Estados Unidos e de Israel “causou sérios danos à construção de uma arma nuclear”.
A avaliação indicava que o Irã demandaria de um a dois anos para desenvolver uma arma nuclear, caso optasse por retomar seu programa.
Fonte por: CNN Brasil
