Ex-chefe de gabinete denuncia irregularidades na investigação do 8 de janeiro

Eduardo Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

02/09/2025 15:32

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Ex-chefe de gabinete denuncia irregularidades na investigação do 8 de janeiro
(Imagem de reprodução da internet).

O perito e ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, declarou em depoimento no Senado na terça-feira que seu então chefe, Alexandre de Moraes, ordenava a produção de relatórios de monitoramento após supostos pedidos informais de “parceiros”.

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Ele continuou acusando o ex-presidente do TSE de empregar a assessoria para auxiliar na investigação contra os golpistas presos em flagrante nos atos de 8 de janeiro de 2023 e de realizar uma manobra judicial ao direcionar investigações, conforme apontou o perito, Moraes e assessores enviavam vídeos para o órgão com o intuito de verificar se neles havia possíveis crimes.

O perito da Comissão de Segurança do Senado, presidido por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que “Moraes tinha parceiros que faziam pedidos para a assessoria monitorar, como integrantes da UFRJ, UFMG e a Agência Lupa”. Segundo Tagliaferro, “uma simples crítica a ministro do Supremo, instituições brasileiras, urnas, eleições e até o [presidente] Lula” motivava o suposto monitoramento.

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A assessoria fornecia os relatórios de maneira oficial, porém os pedidos iniciais eram feitos fora dos procedimentos legais. “Os pedidos chegavam por grupos de WhatsApp ou por conversas informais. Nós os devolvíamos através do rito oficial ao gabinete de Moraes, seja no TSE ou no STF. O que era dito para nós era que o rito normal demoraria excessivamente, e que a democracia necessita de celeridade”, declarou.

Acusado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de extinguir o Estado Democrático de Direito, quebra de sigilo funcional, corrupção em curso do processo e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa, Tagliaferro atualmente reside na Itália e compareceu por videoconferência. Ele testemunhou concomitantemente ao processo judicial envolvendo Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal.

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O procurador-geral Paulo Gonet avaliou que o perito agiu em desacordo com a legitimidade do processo eleitoral brasileiro e atuou para comprometer as investigações sobre atos antidemocráticos ao divulgar mensagens referentes a Moraes.

O ministro solicitou a extradição do ex-assessor, porém a solicitação ainda não foi avaliada. Em seu depoimento no Senado, Tagliaferro declarou não ter a intenção de retornar ao Brasil devido ao receio pela sua segurança.

Fonte por: Carta Capital

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