Ex-chanceler afirma que a tarifação expõe adversários de Lula como representantes de Trump em 2026

Para Aloysio Nunes, governadores não cumpriram o teste de estresse – e a política de tarifas elevadas de Trump expõe a falta de bolsonarismo moderado.

15/07/2025 20:27

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Ex-chanceler afirma que a tarifação expõe adversários de Lula como representantes de Trump em 2026
(Imagem de reprodução da internet).

A taxação imposta por Donald Trump ao Brasil não só acendeu o pavio de uma crise comercial como também serviu de teste – mal sucedido – para os principais adversários de Lula na disputa presidencial de 2026. Essa é a leitura do ex-chanceler Aloysio Nunes, que vê no episódio um retrato da falta de estofo político de Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado e Romeu Zema.

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Criticam que não passaram pelo teste do estresse. Dois estão de bico calado e os outros três se comportaram como agentes de Trump no Brasil. O mais patético foi o comportamento de Tarcísio, com aquela ideia absolutamente constrangedora de pedir ao Supremo Tribunal Federal que liberasse Jair Bolsonaro para ir aos Estados Unidos.

Na última sexta-feira, 11, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), solicitou ao STF a abertura de uma investigação contra Tarcísio por supostas práticas de obstrução à Justiça e abuso de autoridade. A representação se baseia em uma reportagem da Folha de S.Paulo, na qual o governador paulista teria telefonado a ministros do STF para sugerir que a Corte autorizasse Bolsonaro a viajar aos EUA e, supostamente, negociar uma saída para o tarifário com Trump.

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Nunes também classifica como “delírio” a alegação de Trump de que Bolsonaro seria vítima de uma “caça às bruxas” no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. O magnata desconhece ou ignora os elementos obtidos pela Polícia Federal que sustentam a denúncia da Procuradoria-Geral da República.

É uma punição contra as instituições brasileiras devido à atuação da Justiça para julgar e, certamente, punir os golpistas”, afirma.

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Diante disso, o ex-chanceler aposta que fracassará a tentativa bolsonarista de condicionar o fim da sanção à aprovação de um projeto para anistiar golpistas. “Já houve manifestações claras dos partidos com senso de responsabilidade de que isso não terá futuro, uma vez que ceder essa chantagem significa rasgar a Constituição brasileira.”

Aloysio Nunes também já foi vice-governador paulista, deputado, senador e ministro da Justiça. Atualmente, trabalha no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil, na Bélgica.

Fonte por: Carta Capital

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.