Em 2011, a agência espacial norte-americana (Nasa) lançou o rover Curiosity com destino à superfície de Marte. Desde então, a sonda tem observado o planeta e auxiliando cientistas em diversas investigações espaciais.
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Agora, o rover descobriu uma pequena formação semelhante a um “coral” na superfície marciana.
Os cientistas detectaram a rocha em 24 de julho de 2025, durante uma análise do rover Curiosity na cratera Gale, em Marte. O fragmento deve ter poucos centímetros de diâmetro e provavelmente se originou há bilhões de anos, na época em que o planeta possuía água.
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A NASA, em comunicado oficial, esclareceu que a rocha pode ter surgido por um processo habitual, frequentemente observado na Terra, resultando em pequenas estruturas semelhantes a corais.
O rover Curiosity explora Marte.
O programa da NASA indica que o rover Curiosity continua operando normalmente, mesmo após 13 anos desde o lançamento. A atualização mais recente elevou sua eficiência energética, o que possibilitará ao veículo explorar as paisagens do planeta vermelho por um período maior.
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A sonda foi atualizada para realizar duas ou mais tarefas ao mesmo tempo, por exemplo, enviar dados e operar o braço robótico. Adicionalmente, recebeu autonomia para entrar no modo de “descanso” quando necessário.
Essas e outras otimizações elevam a eficiência no consumo de energia, visando estender a operação do Curiosity na superfície marciana.
Inicialmente, durante a missão, tínhamos uma postura mais prudente. Era como se nosso rover adolescente estivesse amadurecendo e acreditávamos que ele assumiria maiores responsabilidades. Crianças fazem coisas de cada vez, mas, com a idade, aprendem a executar várias tarefas simultaneamente, afirma o cientista da Nasa, Reidar Larsen, que opera o rover.
Naves espaciais, como o Curiosity e seu mais recente “irmão”, o Perseverance, foram lançadas em Marte com o objetivo de estudar a história do planeta e as mudanças que influenciaram suas características presentes.
A rocha coralífera se formou a partir da acumulação e calcificação de esqueletos de organismos marinhos, principalmente corais, que se desenvolveram em ambientes tropicais e subtropicais.
A agência espacial informa que ventos fortes geraram tempestades de areia que modelaram essas rochas através do processo de erosão. Em outras palavras, a rocha encontrada em Marte foi literalmente esculpida pela ação intensa da areia.
O processo de formação dessas rochas pode ter ocorrido da seguinte maneira:
Após a formação, a rocha originada pelos minerais adquiriu uma aparência singular, parecida com um coral. Essa característica geológica também é observada na Terra.
A NASA destaca que o rover Curiosity já identificou outros rochas com processos de formação análogos, incluindo uma rocha em formato de flor que também alcançou notoriedade quando foi divulgada.
É importante notar que não se trata de um coral, até porque os corais são organismos vivos. Trata-se apenas de uma rocha com aparência semelhante à de um coral.
A argila em Marte pode indicar a presença de vida há bilhões de anos.
Fonte por: CNN Brasil