Evidências de fósseis de 75 mil anos indicam a presença de vida no Ártico durante a Era Glacial

Evidências fósseis mostram ecossistemas antigos e auxiliam na compreensão dos efeitos do clima.

05/08/2025 22:06

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Evidências de fósseis de 75 mil anos indicam a presença de vida no Ártico durante a Era Glacial
(Imagem de reprodução da internet).

Pesquisadores detectaram vestígios de 46 espécies de animais que viveram no Ártico europeu aproximadamente 75 mil anos atrás.

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A descoberta ocorreu em uma caverna situada na costa norte da Noruega e constitui o registro mais antigo de uma comunidade animal em um dos períodos mais quentes da Era Glacial.

O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) na segunda-feira (4).

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A pesquisa foi realizada por especialistas da Universidade de Oslo, Universidade de Bournemouth, Museu Universitário de Bergen, Universidade Norueguesa de Ciências da Vida e outras instituições.

Estudos científicos apontam que os fósseis auxiliarão em preencher lacunas sobre a resposta da fauna ártica a mudanças climáticas extremas no passado, oferecendo informações valiosas para estratégias de conservação atuais.

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De acordo com Sam Walker, principal autor do estudo, os resultados apresentam um quadro incomum do Ártico perdido e evidenciam a fragilidade de espécies adaptadas ao frio diante das mudanças climáticas.

As descobertas podem auxiliar na compreensão da resiliência dessas espécies e dos riscos de extinção que elas enfrentam devido ao aquecimento global acelerado.

Os fósseis encontrados incluem restos de urso-polar, morsa, baleia-da-Groenlândia, fradinho (ave típica da região), àider-edredom (espécie de pato), lagópode-branco (ave da tundra), bacalhau-do-Atlântico e botos. Um dos achados mais surpreendentes foi a presença de ossos de lemures-de-colar, uma espécie extinta que nunca havia sido registrada na Escandinávia.

Sanne Boessenkool, coautora do estudo, explicou que existem pouquíssimas evidências preservadas com mais de 10 mil anos sobre a vida no Ártico. Dessa forma, a caverna ofereceu um vislumbre único de um ecossistema costeiro que abrangia tanto ambientes marinhos quanto terrestres.

A caverna, denominada Arne Qvamgrotta, foi encontrada na década de 1990 durante a construção de um túnel por uma empresa de mineração local. Contudo, permaneceu quase inexplorada até que foram realizadas escavações sistemáticas em 2021 e 2022.

A variedade de espécies identificada permitiu aos cientistas determinar que a região costeira, na época, apresentava pouca ou nenhuma presença de gelo. Isso favoreceria a existência de animais migratórios, incluindo renas, cujos restos também foram descobertos.

As espécies conseguiram colonizar a área após o derretimento das geleiras, mas os pesquisadores acreditam que diversas populações foram extintas por não conseguirem migrar para novos ambientes quando o gelo retornou.

Walker ressalta que o estudo demonstra que espécies adaptadas ao frio apresentam dificuldades em responder a mudanças climáticas significativas, o que se relaciona diretamente com os problemas que esses animais enfrentam atualmente, devido ao aumento global das temperaturas.

Ele adverte que, na atualidade, os ecossistemas árticos são significativamente mais fragmentados do que há 75 mil anos, o que dificulta ainda mais a adaptação e a movimentação das espécies.

Boessenkool ressalta que, embora anteriormente as mudanças tenham sido em direção a um clima mais frio, atualmente o planeta está passando por um processo de aquecimento. Dada a natureza dessas espécies, adaptadas ao frio, o cenário futuro pode ser ainda mais perigoso para a sobrevivência desses animais.

Fonte por: CNN Brasil

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