O jornalista Oswaldo Eustáquio, 46 anos, obteve um visto dos Estados Unidos na sexta-feira (18.jul.2025), com autorização para trabalhar no país como jornalista e profissional de mídia estrangeira por 4 anos. Ele se encontra em situação de exílio no Brasil desde 2022 e reside atualmente na Espanha.

Ao Poder360, Eustáquio declarou que não tem intenção de residir nos Estados Unidos. Contudo, afirmou que a apresentação do documento foi crucial, ocorrendo no mesmo dia em que o governo americano cancelou o visto do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Ele acredita que obtiveram minha autorização de viagem no ano passado, mas me concederam permissão para viajar agora para demonstrar que todo o escândalo contra Bolsonaro e seus aliados se tornou um caso internacional. E eu ser autorizado a viajar no dia em que os ministros do STF perderam o visto é muito significativo, afirmou o jornalista.

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O visto foi emitido em outubro de 2024, em meio ao mandato de Joe Biden (Partido Democrata). Foi entregue a ele, contudo, somente na sexta-feira (18 de jul).

Eustáquio é alvo de dois mandados de prisão no STF e é acusado de crimes como ameaça, corrupção de menores e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. O jornalista é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O jornalista respondeu que seu retorno ao Brasil depende da aprovação do projeto de lei que anistia os presos do 8 de Janeiro. Caso retorne, declarou que concorrerá a deputado federal pelo Estado do Paraná e “dedicará a vida” a colocar Moraes na prisão.

Retorno ao Brasil, caso seja aprovada a anistia ampla e irrestrita para concorrer a uma vaga na Câmara pelo meu estado, o Paraná, através do PL. Dedicarei minha vida [se retornar ao Brasil] ao impeachment desse ministro [Moraes] e à sua prisão.

Eustáquio se encontra foragido desde dezembro de 2022, após ter sua prisão decretada por Moraes devido à sua participação em atos contra os resultados das eleições de 2022 em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.

Ele já havia sido preso em junho de 2020 durante investigação da Polícia Federal sobre o financiamento e a organização de atos que reivindicavam o fechamento do STF e do Congresso Nacional.

Fonte por: Poder 360