EUA reforçarão o envio de mais de 4 mil soldados à América Latina para enfrentar os cartéis
Autoridade recebe maior margem para definir ações militares contra grupos classificados como terroristas pelo governo Trump.
Os Estados Unidos enviarão mais de 4.000 fuzileiros navais e membros da Marinha às águas em torno da América Latina e do Caribe, como parte da operação para combater os cartéis de tráfico de drogas, disseram dois responsáveis da defesa dos EUA à CNN.
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Esta é uma demonstração marcante de poder que oferecerá ao presidente Donald Trump uma vasta gama de opções militares caso deseje atacar os cartéis.
O envio do Grupo Anfíbio Pronto (ARG) do Grupo de Expedição do Primeiro (ARG) para Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais para o Comando Sul dos EUA integra uma realocação mais abrangente de recursos militares para a região, afirmou uma das autoridades.
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Autoridades informaram que um submarino de ataque com propulsão nuclear, aeronaves adicionais de reconhecimento P8 Poseidon, vários destróieres e um cruzador de mísseis guiados também estão sendo alocados ao Comando Sul dos EUA como parte da missão.
Uma fonte especializada indicou que os ativos em questão visam mitigar ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos, provenientes de organizações narcoterroristas específicas na região.
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A Marinha dos EUA anunciou, na sexta-feira (16), o deslocamento do USS Iwo Jima, da 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, e dos navios USS Fort Lauderdale e USS San Antonio do Grupo Anfíbio Pronto, sem revelar o destino.
Um dos funcionários ressaltou que a escalada militar é, até o momento, primordialmente uma demonstração de força, com o objetivo principal de transmitir uma mensagem e não de indicar qualquer intenção de realizar ataques precisos aos cartéis.
O envio do destacamento da Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, contudo, gerou dúvidas entre alguns responsáveis da defesa, que se preocupam com o fato de os Fuzileiros Navais não estarem preparados para realizar operações de interceptação de drogas e combater o tráfico de drogas. Caso isso faça parte de sua missão, eles precisarão contar fortemente com a Guarda Costeira, afirmaram as autoridades.
Os Expedicionários de Fuzileiros Navais desempenharam um papel crucial no passado no suporte a operações de evacuação em larga escala; uma Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais permaneceu estacionada por meses no Oriente Médio, por exemplo, em meio às tensões entre Israel, o Hamas e o Irã.
Um oficial da Marinha declarou à CNN que a Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais “está preparada para executar ordens legais e dar apoio aos comandantes combatentes nas demandas que lhes forem apresentadas”.
As forças armadas dos EUA deslocaram destructores nas proximidades da fronteira entre os EUA e o México em março para dar suporte à missão de segurança do Comando Norte dos EUA e intensificar a presença dos EUA no hemisfério ocidental.
Os recursos suplementares que estão sendo transferidos atualmente, contudo, ficarão sob a responsabilidade do Comando Sul dos EUA e deverão apoiá-lo pelo menos nos próximos meses, afirmou uma das autoridades.
O CNN reportou previamente que um memorando assinado pelo Secretário da Defesa, Pete Hegseth, no início deste ano afirmava que a “maior prioridade” dos militares dos EUA é defender a pátria, e instruiu o Pentágono a “selar as nossas fronteiras, repelir formas de invasão, incluindo migração ilegal em massa, tráfico de narcóticos, contrabando e tráfico de seres humanos, e deportar estrangeiros ilegais em coordenação com o Departamento de Segurança Interna”.
O mesmo memorando solicitava formalmente aos funcionários do Pentágono “opções militares credíveis” para assegurar o acesso irrestrito dos americanos ao Canal do Panamá, informou a CNN na época.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












