Detenção de Sami Hamdi nos EUA
As autoridades de imigração dos Estados Unidos prenderam o comentarista britânico Sami Hamdi, revogaram seu visto e informaram que ele seria deportado, ao invés de finalizar sua turnê de palestras no país, conforme declarou um funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS) no domingo (26).
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O Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE) mantém Hamdi sob custódia, segundo a porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, em uma postagem na rede social X. Ela afirmou que, sob o governo do presidente Trump, indivíduos que apoiam o terrorismo e ameaçam a segurança nacional não terão permissão para trabalhar ou visitar os Estados Unidos.
Eventos e Detenção
Hamdi participou de um evento de gala do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) em Sacramento, Califórnia, no sábado (25), e estava programado para discursar no domingo em um evento do grupo na Flórida, conforme comunicado da organização. O CAIR informou que ele foi detido no Aeroporto Internacional de San Francisco.
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Figuras conservadoras pressionavam o governo Trump para expulsar Hamdi do país. O comentarista já havia atuado como analista em redes de televisão britânicas. No domingo, o CAIR solicitou sua libertação, acusando o governo Trump de detê-lo devido a suas críticas ao governo israelense.
Reações e Contexto
A Reuters não conseguiu contatar Hamdi. O vice-diretor do CAIR, Edward Ahmed Mitchell, declarou que Hamdi negou anteriormente qualquer apoio a militantes islâmicos e que os advogados da organização não conseguiram falar com ele até a noite de domingo.
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O CAIR afirmou que a prisão de um jornalista e comentarista político muçulmano britânico por criticar o genocídio do governo israelense é uma violação da liberdade de expressão. A ativista conservadora Laura Loomer alegou ter influenciado a detenção de Hamdi.
Ofensiva Imigratória e Conflito em Gaza
Desde janeiro, o governo Trump tem implementado uma ofensiva contra a imigração, aumentando a triagem em redes sociais e revogando vistos de pessoas que, segundo o governo, elogiaram o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. Isso inclui a deportação de portadores de visto estudantil e green card que expressaram apoio aos palestinos e criticaram Israel.
A ofensiva de Israel em Gaza, iniciada após o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou na morte de dezenas de milhares de palestinos e na devastação de grandes áreas do território. Israel afirma que suas ações visam o Hamas e buscam evitar mortes civis, mas uma comissão de inquérito da ONU concluiu que Israel cometeu genocídio em Gaza, o que é negado pelo país.
