EUA mudam estratégia de defesa e intensificam ataques a barcos de narcotráfico no Pacífico

O Departamento de Defesa dos EUA muda sua estratégia, focando em ataques no Pacífico contra narcotráfico, gerando dúvidas sobre a eficácia das operações

31/10/2025 20:02

4 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Mudança na Estratégia do Departamento de Defesa dos EUA

Nas últimas semanas, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos alterou sua estratégia, focando em ataques a supostos barcos de narcotráfico no Oceano Pacífico, em vez de no Mar do Caribe. Fontes próximas ao governo afirmam que há evidências mais robustas ligando o transporte de cocaína a essas rotas ocidentais.

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Informações de inteligência indicam que é mais provável que a cocaína seja traficada da Colômbia ou do México, ao invés da Venezuela. Essa nova avaliação gerou questionamentos sobre a real intenção das operações.

Operações no Pacífico e Dúvidas sobre Alvos

O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, informou que os últimos quatro ataques militares dos EUA contra traficantes de drogas ocorreram no Pacífico Oriental. Fontes sugerem que futuras operações devem se concentrar nessa região devido à conexão mais forte com os mercados americanos.

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Entretanto, existem incertezas sobre se todas as embarcações atacadas no Caribe realmente estavam envolvidas no tráfico de drogas. Após um ataque em setembro, o secretário de Estado, Marco Rubio, mencionou que a embarcação poderia estar a caminho de Trinidad e Tobago.

Acusações e Aumento da Presença Militar

A Venezuela não é considerada uma fonte significativa de cocaína para os EUA, mas o governo Trump acusa Nicolás Maduro de liderar grupos criminosos envolvidos no tráfico. Enquanto isso, as forças americanas têm intensificado sua presença militar nas proximidades de Caracas.

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A CNN tentou obter um comentário do Pentágono, mas ainda não recebeu resposta. O governo Trump não apresentou ao Congresso evidências que comprovem que as embarcações atacadas desde setembro estavam transportando drogas.

Questionamentos sobre a Campanha Militar

Os ataques resultaram em pelo menos 61 mortes. Durante uma reunião no Capitólio, oficiais do Pentágono informaram que não sabem como avaliar o sucesso da campanha militar. Uma fonte revelou que não há dados que demonstrem se os ataques estão efetivamente impedindo o fluxo de drogas.

A deputada democrata Sara Jacobs mencionou que autoridades admitiram não saber a identidade das pessoas a bordo das embarcações antes dos ataques. Elas afirmaram que não era necessário identificar os indivíduos para realizar as operações.

Fentanil e Justificativas Legais

Os militares detiveram e repatriaram dois sobreviventes de um ataque recente. Oficiais informaram que os ataques visavam a cocaína, não o fentanil. O presidente Trump havia declarado que os ataques focavam principalmente em navios que transportavam fentanil, uma droga que causou mais mortes que a cocaína em 2023.

A deputada Jacobs ressaltou que os participantes da reunião não conseguiram explicar como estão lidando com o fentanil, que é considerado um problema maior. Tanto democratas quanto republicanos pedem uma explicação mais clara sobre a justificativa legal para os ataques.

Reuniões e Falta de Respostas

Advogados militares não participaram das últimas reuniões, o que deixou os congressistas sem respostas sobre a legalidade das operações. O deputado Seth Moulton criticou a ausência dos advogados, que cancelaram sua participação no último minuto.

Hegseth afirmou que havia se reunido com republicanos e democratas sobre os ataques. No entanto, senadores como Roger Wicker e Jack Reed divulgaram cartas solicitando esclarecimentos sobre as operações, que não foram respondidas.

Alguns senadores republicanos tiveram acesso a um memorando sobre as operações, o que gerou descontentamento entre os democratas, que não foram convidados para a reunião e ainda não tiveram acesso ao documento.

Mark Warner, vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado, criticou a situação, chamando-a de “manobra partidária” que desrespeita as responsabilidades do Congresso em relação aos poderes de guerra.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.