Em ordem executiva, oficializando a taxa de 50% sobre produtos brasileiros, Donald Trump isentou aproximadamente 75% da pauta mineral exportada pelo Brasil aos Estados Unidos da sobretaxa, conforme estudo preliminar do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) apurado pela CNN.

Trump estabeleceu isenções para a extração de minérios, incluindo ferro, estanho, ouro, prata e carvão. Não se aplicavam aos minerais caulim, cobre, manganês, vanádio, bauxita e certas pedras e rochas decorativas.

Representantes do Ibram se reuniram com o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, durante as negociações.

Os Estados Unidos já indicavam que alguns minerais poderiam ser objeto de tratamento diferenciado nas tarifas.

Outras tecnologias baseadas em minerais críticos, incluindo baterias de níquel-cádmio e baterias de íons de lítio, também não sofrerão alterações.

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A taxa de 10%, divulgada em abril, se aplica a esses produtos.

A avaliação de especialistas é que a decisão dos EUA se deve ao fato de que esse mercado é amplamente dominado pela China.

Impor sobre produtos brasileiros, o que o tornaria inviável sua importação para os Estados Unidos, representaria, na prática, uma maneira de desviar esses recursos para Pequim, principal consumidor dos minerais brasileiros.

A própria IEA (Agência Internacional de Energia) adverte que o domínio chinês na produção de baterias, que depende diretamente de minerais estratégicos, acarreta riscos geopolíticos e para as cadeias de suprimentos.

A China possui mais de 80% da capacidade de produção mundial de células de bateria. Além disso, mais de metade do processamento global de lítio e cobalto também se concentra no país.

Fonte por: CNN Brasil