O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deslocou três navios de guerra para a costa da Venezuela, sob a alegação de fortalecer o combate ao tráfico de drogas, segundo uma fonte da AFP, relatado nesta quarta-feira, 20.
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O reforço foi implementado após o governo de Trump elevar para 50 milhões de dólares (273,6 milhões de reais) a recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusado pela justiça americana de supostos vínculos com o tráfico de drogas.
Três navios equipados com sistema de mísseis guiados Aegis estão a navegar para águas do mar do Caribe próximas à Venezuela, declarou a fonte. A imprensa americana informou que Washington também planeja enviar cerca de 4 mil fuzileiros navais.
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Líderes dos países membros do bloco de esquerda Alba manifestaram nesta quinta-feira, 21, sua preocupação com o reforço militar americano no Caribe e próximo às águas venezuelanas, e expressaram apoio a Nicolás Maduro em resposta às acusações de tráfico de drogas feitas pelos Estados Unidos.
A mobilização militar dos Estados Unidos nas águas do Caribe, apresentada como operações antidrogas, constitui uma ameaça à paz e estabilidade da região, declarou a aliança, formada em 2004 pelos então líderes de Cuba e Venezuela. O bloco solicitou ao presidente da Colômbia uma reunião urgente de chanceleres da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
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Os Estados Unidos não reconhecem as duas últimas eleições presidenciais de Maduro e o acusam de liderar o chamado Cartel de los Soles, uma organização criminosa.
O governo Biden afirmou, na terça-feira, que o presidente Biden utilizaria “todos os meios” para combater o tráfico de drogas.
A secretária de imprensa de Trump, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente Trump foi claro e consistente, estando preparado para usar todos os meios do poder americano para evitar que as drogas inundem o país e levar os responsáveis à justiça. Ela descreveu o governo venezuelano como um “cartel do narcoterror”.
Segundo a administração, Maduro não é um presidente legítimo, é um líder fugitivo desse cartel que foi acusado nos Estados Unidos de tráfico de drogas para este país, acrescentou a porta-voz.
Na última segunda-feira, Maduro anunciou que mobilizaria 4,5 milhões de milicianos em resposta às “ameaças” de Washington.
Fonte por: Carta Capital