EUA e China reiniciam diálogos sobre comércio
A negociação da venda do TikTok será um dos pontos discutidos pelos representantes de dois países durante a reunião.

China e Estados Unidos reiniciaram na segunda-feira, 15, em Madri, na Espanha, as negociações comerciais que visam diminuir as discrepâncias em comércio e tecnologia que prejudicaram as relações entre as duas maiores economias do planeta.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O diálogo ocorre na sede do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, um dia após as delegações lideradas pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, terem iniciado a rodada de discussões.
Os contatos precisam ser finalizados até quarta-feira.
Leia também:

Mercado financeiro revisa para baixo expectativa de inflação, indicando 4,83%

Fazenda projeta redução de metade do impacto das tarifas em ações de apoio

O Brasil registra marca histórica, com 350 milhões de toneladas de grãos
A pauta contempla dois assuntos de grande sensibilidade no relacionamento entre os países: a possibilidade de o presidente Donald Trump aplicar tarifas elevadas sobre produtos importados da China e o pedido de Washington para que a empresa TikTok seja vendida a um dono não chinês, sob risco de proibição nos Estados Unidos.
China e Estados Unidos trocam acusações acerca do aumento das tensões comerciais, que resultaram na imposição de tarifas que atingiram, nos últimos meses, níveis superiores a três dígitos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Washington e Pequim concordaram, posteriormente, para amenizar as tensões e estabeleceram, provisoriamente, tarifas de 30% pelos Estados Unidos e 10% da parte da China.
Em agosto, os países postergaram a retomada das tarifas mais altas por 90 dias, até 10 de novembro.
Os representantes discutirão a questão do TikTok após a China ter solicitado, na sexta-feira, que os Estados Unidos resolvessem a disputa “por meio do diálogo”.
O TikTok é propriedade da empresa chinesa ByteDance. Uma lei federal que determina a venda ou proibição do TikTok por questões de segurança nacional deve ser implementada no dia antes da posse de Trump, em 20 de janeiro.
No entanto, o presidente republicano revogou a restrição e, por volta de meados de junho, estendeu o período para que o aplicativo encontrasse um adquirente que não seja de origem chinesa, sob a condição de não ser proibido nos Estados Unidos.
O prazo final é 17 de setembro.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.