EUA buscam em Washington evitar tarifas impostas ao café brasileiro

Presidente da maior corporação do setor nos Estados Unidos viajou à capital para persuadir legisladores.

28/07/2025 12:21

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(Imagem de reprodução da internet).

O mercado americano de café adotou uma estratégia abrangente para impedir que o produto importado do Brasil seja taxado em 50%, a partir de sexta-feira (1). Delegados do setor se deslocaram a Washington, D.C., a capital do país, durante a última semana, conforme apurado pela CNN.

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A iniciativa foi liderada por William “Bill” Murray, CEO da NCA (National Coffee Association). O executivo, chefe da maior entidade do setor de café dos Estados Unidos, viajou da sede da associação em Nova York para a capital com o objetivo de intensificar a pressão sobre parlamentares norte-americanos.

De acordo com a CNN, a NCA já avaliava alternativas para evitar que o café brasileiro seja penalizado. Uma das opções consideradas é sugerir à Casa Branca que uma lista de “produtos naturais não existentes nos EUA” seja isenta das tarifas de 50%.

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O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destacou na CNN que a associação dos Estados Unidos vem expressando sua preocupação com os impactos da tarifa na indústria de torrefação norte-americana e comemora o movimento.

Um terço do café verde importado pelos americanos tem origem no Brasil e não há substituto de curto prazo para atender a esse mercado de consumo. Por esse motivo, acreditamos que a situação no café para os americanos tenha um pouco mais de sensibilidade.

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Lista de exceções

O café seria o principal beneficiado pela lista proposta pela NCA, considerando que quase toda a produção consumida nos EUA é importada. O Brasil é o principal fornecedor do produto para o país, sendo responsável por aproximadamente 35% (mais de um terço) dos grãos que os Estados Unidos adquirem do exterior.

Em um país onde 76% da população consome café, isso afetaria empresas e consumidores.

A Estrela Simbólica dos EUA, como a Starbucks, por exemplo, que importa cerca de 22% de seus grãos do Brasil, enfrentará elevação de custos e deverá repassar essa variação aos preços dos produtos vendidos aos consumidores americanos.

Outra categoria que se beneficiaria da lista de isenções é a de frutas. Um caso emblemático é a manga: a produção doméstica nos EUA é praticamente inexistente, e o Brasil é o terceiro maior exportador desse produto para o país (responsável por aproximadamente 8% das importações).

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Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.