EUA autorizam primeiro imunizante contra o vírus da imunodeficiência humana

O medicamento injetável Yeztugo Lenacapavir, da Gilead Sciences, apresentou 99,9% de eficácia em ensaios clínicos; não constitui uma cura.

19/06/2025 14:53

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EUA autorizam primeiro imunizante contra o vírus da imunodeficiência humana
(Imagem de reprodução da internet).

A FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos Estados Unidos similar à Anvisa no Brasil, aprovou na quarta-feira (18.jun.2025) o medicamento injetável Yeztugo Lenacapavir para a prevenção do HIV. Não se trata de uma cura.

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Segundo a Gilead Sciences, fabricante do medicamento, o Yeztugo Lenacapavir deve ser utilizado em doses duais por ano como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), visando evitar uma possível infecção pelo vírus.

É um dia histórico para as muitas décadas de combate ao HIV. Yeztugo é uma das descobertas científicas mais importantes do nosso tempo e nos dá uma oportunidade real de ajudar a acabar com o HIV, afirmou Daniel O’Day, CEO da Gilead Sciences, em comunicado.

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Os ensaios demonstraram uma eficácia de 99,9%, quase 100% dos indivíduos não foram infectados pelo HIV após a administração das duas injeções do medicamento. Os efeitos colaterais mais frequentes identificados foram cefaleia e náuseas.

O Yeztugo Lenacapavir é indicado para adultos ou adolescentes com pelo menos 35 kg como forma de prevenir a infecção pelo HIV. É necessário ser submetido a um teste de HIV-1 antes de receber a primeira injeção. Apenas quem tiver o resultado negativo poderá fazer uso do medicamento.

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A Organização Mundial da Saúde comemorou a aprovação da FDA. A diretora dos Programas Globais de HIV, hepatite e sífilis, Meg Doherty, considerou ser “um passo” em direção a “expandir o acesso a uma opção inovadora de prevenção ao HIV”. Atualmente, 39,9 milhões de pessoas possuem HIV no mundo. Os dados são do relatório da UNAIDS.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.