Na quarta-feira, 10, o navio-petroleiro “Skipper” foi apreendido por forças dos EUA na costa da Venezuela, gerando tensões entre Donald Trump e Nicolás Maduro
Na quarta-feira, dia 10, forças dos Estados Unidos apreenderam o navio-petroleiro denominado “Skipper” nas proximidades da Venezuela. O ex-presidente Donald Trump declarou que a operação foi justificada, embora não tenha fornecido detalhes adicionais.
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Em resposta, o governo de Nicolás Maduro acusou os EUA de praticar pirataria internacional, intensificando a tensão entre os dois países e colocando outros navios na região em risco.
O “Skipper” estava transportando petróleo bruto venezuelano e, segundo fontes americanas, seu destino final era a Ásia, após negociações com vendedores cubanos. Anteriormente, o navio era conhecido como “Adisa” e já havia sido sancionado pelos EUA em 2022 por facilitar o comércio de petróleo para o Hezbollah e a Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
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A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, destacou que a apreensão ocorreu devido ao envolvimento do navio em uma rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras, incluindo a Venezuela e o Irã. A operação transcorreu sem incidentes ou baixas, tanto entre os agentes americanos quanto entre a tripulação do petroleiro.
Cedric Leighton, coronel aposentado da Força Aérea dos EUA, informou que as forças envolvidas na apreensão pertenciam a uma unidade de elite da Guarda Costeira. Ele explicou que os agentes desceram de rapel para o convés do navio e tomaram controle da “ponte de comando”, onde o capitão do navio estava. “Eles assumem o controle do navio primeiro”, enfatizou Leighton.
Em 18 de novembro, imagens de satélite mostraram o navio atracado a cerca de 11 quilômetros da cidade costeira de Barcelona, na Venezuela. No entanto, o transponder do Sistema de Identificação Automática indicava que ele estava a aproximadamente 900 quilômetros de distância, na costa de Georgetown, na Guiana.
Analistas afirmam que petroleiros podem “mascarar” sua localização para ocultar atividades ilegais.
O “Skipper” usava a bandeira da Guiana, embora não estivesse registrado no país, conforme comunicado do Departamento de Administração Marítima da Guiana. Antes de sua chegada à Venezuela, o navio havia atracado no Egito, nos Emirados Árabes Unidos e em Hong Kong, e, em julho, permaneceu a menos de 24 quilômetros da costa do Irã por vários dias.
O governo de Nicolás Maduro manifestou sua indignação em relação à apreensão, classificando a ação como um “roubo descarado e um ato de pirataria internacional”. A nota oficial do regime denunciou publicamente o que considerou um assalto a um navio petroleiro no mar do Caribe, conforme declarado pelo presidente dos Estados Unidos.
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Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.